Hécate


"A figura pálida de uma mulher apareceu no portal norte. Não, espere... no portal leste. Não, oeste. Três imagens esfumaçadas da mesma mulher se moviam sincronizadas em direção ao centro das ruínas. Sua forma era turva, feita de Névoa, e dois pequenos tufos de fumaça a seguiam de perto, movimentando-se rapidamente a seus pés como se fossem seres vivos. Algum tipo de animal de estimação?

Ela chegou ao centro do pátio e suas três formas se fundiram em uma. Materializou-se em uma jovem que usava um vestido escuro sem mangas. Seu cabelo dourado estava preso em um rabo de cavalo alto, no estilo grego clássico. Seu vestido era tão sedoso que parecia ondular, como se o tecido fosse tinta escorrendo de seus ombros. Não parecia ter mais de vinte anos, mas Hazel sabia que isso não queria dizer nada.

- Hazel Levesque - disse a mulher.

Ela era linda, embora muito pálida. Certa vez, em Nova Orleans, Hazel fora obrigada a ir ao velório de uma colega de classe. Lembrou-se do corpo sem vida da jovem no caixão aberto. Seu rosto fora muito bem maquiado, para parecer que estava dormindo, o que Hazel achou aterrorizante.

A mulher fez Hazel se lembrar daquela menina, só que seus olhos estavam abertos e eram completamente negros. Quando inclinou a cabeça, pareceu voltar a se dividir em três pessoas diferentes... imagens enevoadas e fora de foco se juntando, como o retrato borrado de uma pessoa se movendo rápido demais na hora da foto.

- Quem é você? - Os dedos de Hazel seguraram o punho de sua espada.

- Quer dizer... qual deusa?

Pelo menos daquilo Hazel tinha certeza. A mulher irradiava poder. Tudo ao redor delas - a Névoa rodopiante, a tempestade monocromática, o brilho fantasmagórico das ruínas - era por causa de sua presença.

- Ah. - A mulher assentiu com a cabeça. - Deixe-me lhe dar alguma luz.

Ela ergueu as mãos. Subitamente, segurava duas antiquadas tochas de junco acesas. A Névoa recuou para as extremidades do pátio. Junto às sandálias da mulher, os dois animais etéreos tomaram formas sólidas. Um era um labrador preto. O outro era um roedor comprido, cinzento e peludo com uma máscara branca ao redor do rosto. Uma doninha, talvez?

A mulher deu um sorriso sereno.

[...]

Eu sou a deusa da névoa. Sou responsável por guardar o véu que separa o mundo dos deuses do mundo dos mortais. Meus filhos aprendem a usar a Névoa em proveito próprio, a criar ilusões ou a influenciar a mente dos mortais. Outros semideuses também podem fazer isso. E você também, Hazel, se quiser ajudar seus amigos."

A Casa de Hades


"Ele se viu em uma sala ampla, velha e poeirenta. Se parecia com uma igreja que não era limpa há séculos. Não havia nenhuma luz exceto por um leve brilho verde na parte mais distante da sala. A fonte de luz era obscurecida por um garoto que permanecia no corredor exatamente à sua frente. Embora Claymore não conseguisse ver claramente, ele tinha certeza que era o mesmo menino do auditório. 

[...]

Por um momento não houve nenhuma resposta. Então, finalmente, uma mulher falou sua voz vinda da parte da frente da sala. Seu tom era firme e sem humor, e algo sobre isso provocou calafrios na espinha de Claymore

[...]

Quando o garoto se moveu, Claymore pode finalmente ver a mulher com quem ele estava falando. Ela estava ajoelhada no fim do corredor, seu rosto levantado como se em oração para uma janela de vitral suja acima do altar. Ela vestia uma túnica branca ornamentada com desenhos prateados, como runas ou símbolos de alquimia. Seu cabelo escuro mal dava abaixo de seus ombros.

Apesar da sujeira e da poeira ela estava ajoelhada no meio disso, a mulher parecia impecável. Na verdade, ela era a fonte da luz. O brilho verde a cercava como uma aura.

[...]

Não a igreja santa reluzente do paraíso, mas uma em condições precárias. Era a mesma capela imunda, coberta de poeira que ele tinha visto em seus sonhos. E orando no altar estava a jovem mulher em roupas cerimoniais - a mãe de Alabaster, a deusa Hécate.

[...]

Seu rosto era como uma estátua grega, pálida, linda, e sempre jovem."

Diários do Semideus


Hécate é a deusa da Névoa, magia e encruzilhada. Ela é a atendente de Perséfone. Sua contraparte romana é Trivia

Nascida em Perses e Asteria, filha de Koios e da Oráculo Phoebe. Ela é frequentemente acompanhada por um labrador retriever preto e uma doninha , que costumavam ser seus inimigos antes de transformá-los em animais.

Quando Perséfone foi seqüestrada por Hades, Hécate estava em uma caverna próxima e ouviu os gritos da primeira. Ela imediatamente correu para ajudar, mas, ao chegar, Perséfone já havia sido levada ao Submundo. Hécate sentiu que alguém havia sido seqüestrado, mas não conseguiu identificar quem era ou o seqüestrador, pois sua magia era fraca durante o dia. Sem saber o que fazer a seguir, ela decidiu voltar para sua caverna e esperar até o anoitecer para reunir mais informações através de seus feitiços. No entanto, Zeus e Hades estavam encobrindo o seqüestro com magia mais forte, impedindo Hécate de descobrir mais sobre isso.

Após dez dias de busca, Hecate encontrou Deméter chamando Perséfone na área ao redor de sua caverna. Ela imediatamente reuniu o que havia acontecido e se encontrou com Deméter, compartilhando sua crença de que Perséfone havia sido sequestrada por um deus poderoso, o que deixou Deméter ainda mais perturbada. Sentindo-se compreensiva, Hécate se ofereceu para ajudar usando suas tochas para iluminar a jornada da deusa durante a noite. Durante o dia, Hécate voltou à sua caverna para descansar, prometendo ajudar Deméter novamente após o anoitecer.

Eventualmente, Perséfone se reuniu com sua mãe. Como recompensa por ajudar Deméter durante sua busca, Hecate recebeu um lugar no submundo como assistente de Perséfone, o que a deixou mais do que feliz quando a escuridão do submundo o tornou um lugar melhor para trabalhar magia do que uma caverna.



Presentes de Reclamação



Item (obrigatório - apenas um)

Grimório: Todo bruxo que se preze precisa ter um grimório. De aparência mais medieval, ou uma aparente caderneta, que se adaptará conforme à personalidade do semideus em questão, este livro encantando/amaldiçoado acompanha uma caneta - ou uma pena, dependendo do semideus - e feitiços que vão sendo escritos magicamente de acordo com o nível do bruxo. Apenas o portador terá o dom para ler o conteúdo do livro. O mesmo nunca sofrerá qualquer tipo de dano, seja por ocorrências naturais ou por interferências. Quando não está em uso, transforma-se em uma corrente de prata envelhecida com pingente em pentagrama. Não pode ser roubado ou perdido, voltando ao pescoço do Semideus. Nenhum outro semideus pode exercer controle sobre o grimório, independente da habilidade usada. [Por Doug]


Receptáculos (obrigatório - apenas um): Assim como o Grimório, é a Lei Maior todo bruxo possuir algum objeto que o auxilie em seus feitiços. Segue abaixo os objetos permitidos.

Profane Ring: Um simples anel de prata com uma pedra devidamente polida de rubi, com dois minúsculos diamantes ao lado. Carrega em suas laterais um corvo e uma balança, associados à Grande Bruxa. Um acessório mágico discreto, mas tão poderoso quanto a varinha e cajado. [Por Doug]

Cajado: Esculpido em madeira de carvalho, o cajado mede exatos 1,80 m, tendo em sua ponta uma pedra de quartzo polida. De aspecto envelhecido, o cajado canaliza a energia do usuário e a amplia em seus ataques, tornando-o mais eficaz. Quando não está em uso, transforma-se em uma pulseira de pano envelhecida. [Por Doug]

Witch's Wand [Varinha]: O bom e velho instrumento preferido dos bruxos. Esculpida em Olmo, 30 cm, flexível e cabo decorado com minúsculos diamantes, certamente é o objeto mágico mais conhecido e mais popular entre os grandes bruxos e magos da história. Este objeto não se transmuta, sempre será uma varinha. Não funcionará com outrem, mesmo sendo parente sanguíneo ou outro bruxo/feiticeiro. [Por Doug]

Dark Hat: Digno de um grande bruxo, o chapéu escolhe apenas aqueles que lhes são mais dignos de usar o seu poder. Tradicionalmente pontudo e com abas avantajadas, de cor encardida, dificilmente é o semideus que o escolhe. Mas quando alguém o faz, este objeto não o decepciona, nem falha, nunca. Quando não está em uso, transforma-se em uma tatuagem de um corvo discreta, atrás da orelha. [Por Doug]


Ataque

Sai: Consiste em um par de adagas compridas, de até 40 cm, com duas longas projeções igualmente afiadas acopladas a empunhadura. São produzidas em prata celestial e são armas complexas de manuseio. Quando não estão em uso, transformam-se em dois braceletes de ferro entalhados, com uma lua crescente em sua face. [Por Doug]


Saif: Uma cimitarra de 56 cm. É uma espada de lâmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo. É confeccionada em prata lunar e a empunhadura produzida com seiva de árvore, tornando-a manuseável apenas pelo seu portador. Quando não está em uso, transforma-se em uma corrente de prata com um pentagrama. [Por Doug]


Itens

Bola de Cristal: Feito em um perfeito círculo liso de obsidiana, é encantada para que o semideus possa ver qualquer parte do mundo, a partir de um simples toque e o sussurro do nome do local. [Por Doug]

Colar das Trevas: Um colar feito de prata envelhecida, com um pingente esculpido em safira, uma lua crescente. Este colar tem a capacidade de sugar a luminosidade de um ambiente por um curto período. Ideal para ataques surpresa. [Por Doug]

Bolsa: Confeccionada com couro de touro, a mochila é encantada para caber toda e qualquer coisa que o semideus precisar guardar: livros, armas, objetos - tudo. A bolsa é encantada para que tenha um espaço infinito e um leve peso constante. [Por Doug]


Vassoura: Todo bruxo que se preze precisa ter uma vassoura. Feita de uma madeira em tom claro, é um acessório indispensável para a locomoção diária. Além de ter múltiplas funções, é claro: varrer o chão do seu chalé ou dar uma vassourada naquele filho de Ares embuste. Não há como quebrá-la, e ela sempre seguirá seu dono. E lá vamos nós! [Por Doug]


Manto: Um manto negro de veludo, com capuz e tudo, digno de um verdadeiro bruxo maligno de seriado. Encantado para que sua presença e o cheiro característico de um semideus seja oculto do mundo. Ideal para fugas, ou camuflagem em território inimigo. Confeccionado pelas mãos das maiores bruxas existentes, o tecido não rasga nem com vodu. É magicamente enfeitiçado para que sempre seja do tamanho exato do semideus. [Por Doug]


Kit Bruxaria: Uma pequena maleta revestida de couro envelhecida e igualmente encantada para que contenha os mais diversos ingredientes para as mais diversificadas poções mágicas que o semideus necessita fazer. E como é encantada, o seu estoque nunca acaba, sendo reposto magicamente. Só abre ao toque do dono, só disponibiliza ingredientes que o semideus tenha o nível necessário para ser feita. É evocada através de um feitiço [que fica a critério do usuário recitá-lo] para que possa ser usado. [Por Doug]


Pets

Espírito Familiar: Um familiar é um espírito materializado num animal que acompanha e auxilia bruxos em sua jornada. Ele facilita com feitiços, rituais, tarefas, missões - podem agir como espiões e atacar inimigos - e também estabelecem conexões com o mundo espiritual. O familiar e seu bruxo possuem um elo, podendo comunicar-se telepaticamente de onde estiverem. Ele é completamente devotado ao seu dono e sempre o auxiliará em tudo o que lhe for solicitado. [O player deve escolher um animal pequeno, como insetos, sapos, serpentes, pequenos roedores, gatos, macacos, cães ou aves de pequeno porte, e especificá-lo na lista. Também deve batizar o espírito.] [Por Kai]


Poderes e Habilidades