Locais de Adoração


Situado dentro das florestas do sul, foi construído um local de oração aos deuses. Um grande espaço circular, cercado por pedras sobrepostas umas às outras, imitando uma cerca. Apesar de não ter exatamente grades que protegiam o campo de orações, só era possível entrar pelo caminho que interligava a enfermaria. No arco de entrada deste local, há os dizeres em grego (também em latim para os romanos) "aυτό είναι ένα μέρος για να εισακουστούν οι προσευχές. Μερικές φορές απαντήθηκε." (este é um local para as preces serem ouvidas. As vezes, atendidas). Uma névoa contínua escapa da relva onde o local foi idealizado denotando certo tom de misticismo. Ao entrar no local, é possível notar que há um domo em volta do espaço bem parecido com a barreira do acampamento, porém esta funciona de forma que todos os sons externos sejam bloqueados. Há vários altares, estátuas e demais locais de adoração destinados a um grupo específico de deuses, dispostos de forma aleatória, que foram separados em grupos de acordo com sua esfera de poder, em vez de serem separados por hierarquia, como de costume.

Logo na entrada do círculo de pedra, há um bloco de granito de 1,60 de altura, posicionado em cima de uma pequena escada com três degraus, que servia para apoiar as velas e oferendas dos consulentes. No centro desse bloco de granito, havia a representação de uma cobra mordendo o próprio rabo, o clássico Oroboro, que representava de certa forma, o início e o fim de todas as coisas. Neste nicho, era o local de oração aos deuses que estavam associados ao início e ao destino, com uma plaquinha informativa ao lado: Jano, Fanes, Aion, Ananke e Tique. Uma grande tigela de porcelana, assim como uma adaga de prata celestial se faziam presentes junto a escada, para que pudesse ser usada como sacrifício. Incensos aromáticos perfumavam a pedra de adoração. Ao redor havia tigelas de porcelana com carnes dos mais variados animais cozidos, além de frutas e bebidas em geral.

Logo depois, havia um altar 50 cm acima do chão, feito de uma forma um pouco rústica. Em cima deste espaço plano, há uma pedra enegrecida mal esculpida, da onde um par de adagas, lanças quebradas e espadas de guerra se sobressai, resguardados com um elmo de ouro, conotando uma beleza fascinante. Os espólios de guerra não ultrapassam 1 metro, e como era alocado acima do chão, ao redor haviam várias tigelas de pedra com sangue fresco, além de velas vermelhas e brancas que queimavam, e um incensário com folhas secas que queimavam e produziam um cheiro forte. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que ali era o local de oração aos deuses da guerra, força e violência, assim como o medo: Ares, Éris, Bia, Lissa, Héracles, Phobos e Deimos. Facas de pedra e prata se faziam presentes ao redor do nicho, caso precisasse ser usada. Havia também pratos de pedra tanto com carnes de animais flambados, como carne crua.

Exatamente no meio desse círculo de pedra havia uma árvore que produzia toda a luz do ambiente, quando estava a noite. Era uma árvore com proporções absurdas, parecendo tão antiga quanto o próprio mundo. Era semelhante a uma árvore-cipó, só que seus caules pendiam dos enormes galhos desta árvore, com raízes sobressalentes no chão, era preciso cuidado para não tropeçar por ali. A luz mencionada provinha dos caules de cipó que lembravam luzes de led, mas a verdade é que a árvore era bioluminescente. Vários animais como corujas, assim como roedores menores faziam sua morada ali, que de tão antiga, cresciam flores dos mais variados tipos pelo seu tronco, assim como musgo em excesso. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que esta árvore era o local de adoração dos deuses da natureza: Deméter, Physis, Perséfone*, Puta e Clóris. Não importa em que época do ano, esta árvore nunca sofrerá seus efeitos. Assim como tal, potes grandes de porcelana, assim como facas de pedra, prata e ouro estão disponíveis para sacrifícios. As oferendas ali eram em sua maior parte pratos de frutas vermelhas e verdes, mas aqui e ali era possível notar carne de bichos que se escondia na terra. Por toda a árvore foram distribuídos sinos de vento que emitem um som baixo e hipnótico cada vez que a brisa passa pelo local.

Um pouco mais afastado, próximo a borda do círculo de pedra, há uma capela. Porém, de forma incomum, construída com ossos de seres humanos. A capela não tinha mais do que 2 metros de altura e tinha espaço o suficiente para que entrasse apenas 3 pessoas por vez. Lá dentro, havia um único banco liso de madeira de carvalho envernizado, de frente a um "altar" onde um esqueleto fazia a apologia a uma santidade. Aos seus pés, velas de todas as cores eram acesas, além dos mais variados pratos de comida e carne, crua, cozida e assada. Haviam bebidas em garrafas e copos, além de tigelas de vidro com sangue fresco. Sangue fresco também escorria pelas paredes de ossos, como se eles tivessem acabado de serem retirados de seus corpos. Ali era o local dedicado às orações aos deuses ctônicos, conforme inscrito na porta acima da capela: Hades, Perséfone*, Hécate, Macária, Nyx, Érebo, Melinoe e Thanatos. Um incensário queimava ao fundo da capela com ervas que produziam um cheiro forte, juntamente com tigelas de barro com líquidos viscosos de cores variadas do vermelho ao negro. Uma seleção de facas de prata, pedra, ouro, ferro estígio e bronze ficava disposta aos pés da "santidade", pronta para sacrifícios.

Mais adiante, há uma enorme fonte, lapidada em pedra vulcânica, recoberta com gesso. A fonte tinha cerca de 3 metros de altura e um raio de quase 15 metros de diâmetro. A ilustração do chafariz eram homens e mulheres, alguns sentados e outros em pé, totalmente nus enquanto olhavam em direções diferentes, esculpidos em partes distintas. Por mais que essas representações estivessem em lugares diferentes, olhando para direções diferentes, elas se "ajudavam" entre si, como se tivessem sido esculpidas em um horário de festa. A água, que derramava desde o topo até a piscina que se encontrava abaixo para conter a água proveniente da fonte. Dentro da água, dracmas, além de moedas mortais se faziam presente. Este era o local de oração dos Deuses Erotes, assim como as personificações do corpo, conforme descrito na bacia da piscina: Afrodite, Eros, Anteros, Himeros, Hedonê, Hebe e Psiquê. As oferendas, feitas principalmente com carne branca assada e cozida, além de velas branca, vermelha e rosa, eram todas dispostas na borda da piscina. Incensos de patchouli e verbena queimavam sem parar naquele local, conotando um ambiente calmo e silencioso.

O próximo espaço era um conjunto de estátuas que formavam um grande círculo. Ao todo, 12 estátuas estavam dispostas ali, cada uma com 2 metros de altura cada, olhando pro mesmo ponto específico. Esculpidas em gesso, cada uma representava os deuses do vento, assim como os deuses dos céus e do inverno. Embaixo de cada estátua, havia a descrição de qual Deus a estátua representava: Éolo, Bóreas, Zéfiro, Noto, Euro, Cécias, Apeliotes, Lips, Siroco, Éter, Zeus, Quione e Despina. Incensos de açafrão e olíbano queimavam sem parar, unidas a leve brisa constante naquele círculo, deixavam um aspecto tranquilo de se rezar. Abaixo de cada estátua, haviam suportes com tigelas de porcelana e pedra com carnes de animais em sua maioria assadas, carne vermelha e leite, assim como alfazema, belas brancas, azuis e amarelas. Facas de metal, pedra, adagas de prata e ferro eram dispostas para os sacrifícios.

Em seguida, havia um altar esculpido em pedra branca, de um raio total de 10 metros. Nessa mesma pedra, 3 degraus levava até um altar onde os sacrifícios aos deuses regentes dali podiam ser feitos. Atrás, dois enormes arcos de pedra foram erguidos para que se pudesse observar mais adiante, caso um dos deuses dali resolvessem aparecer. Ao redor da mesa, suportes de vela eram acesos que queimavam dia e noite, em cores pretas, brancas e azuis. As tigelas de sacrifícios eram todas produzidas em vidro e porcelana, que tinham como aparatos adagas de prata e ferro. Carnes brancas e escurecidas eram oferecidas aos deuses dali, assim como vinhos e incensos de olíbano em pó e dormideira. Uma plaquinha ao lado informava que ali era o local de oração aos deuses oneiros: Ícelo, Morfeu, Hypnos e Fântaso. Sinos de vento pendia dos arcos, feitos em madeira e pedras preciosas, em conjunto com a leve brisa que o local emanava, ajudava a ter uma boa concentração na reza.

O próximo local era uma construção de pilares de pedra, quase tão altos quanto o próprio círculo de pedra que protegia aquele espaço sagrado. Os pilares de pedra, unidos no topo por um pilar na horizontal, foram estrategicamente posicionados para que a luz solar sempre passasse por dentro dos vãos dos pilares, não importasse a época do ano. Ao seu redor, o chão era feito de pedra colocadas uma ao lado da outra. Aleatoriamente, pedras de apoio foram posicionadas para que as oferendas aos deuses fossem postas ali, que variam entre carne de animais alados, cavalos e bois, em sua maioria assados. Velas de mel de coloração branca, amarela e dourada eram colocadas em torno de toda a construção, além de incensos de ervas aromáticas dos mais variados tipos. Ali, conforme uma plaquinha informativa ao lado, era o local de oração dos deuses diurnos e solares: Apolo, Hélio, Eos e Hemera. O local onde os pilares de pedra foram erguidos era estranhamente mais quente, como se os próprios deuses estivessem ali, se alimentando das oferendas.

Próximo do local de oração dos deuses diurnos, havia outra estátua, produzida em bronze, com 1,90m de altura. Essa estátua segurava uma réplica de uma espada real produzida em Ouro Imperial, que se encontrava em repouso na lateral de sua perna. Em sua outra mão, ela erguia uma balança de prata. A feição esculpida na estátua era severa, além de usar uma coroa tão longa que conotava sua superioridade. Uma plaquinha ao lado informava que a estátua era o local de oração das deusas Athena, Niké e Nêmesis. O único incenso que poderia ser aceso ali era um incenso em pó que produzia um cheiro forte e causava tontura se inalado por muito tempo. Há tigelas de barro e vidro com água, vinho, oferendas de carne mal passada e dracmas. Uma variedade de facas e adagas de prata eram disponibilizadas para sacrifícios, além das vermelhas em sua maioria nas cores vermelha e branca.

Mais abaixo do local de adoração dos deuses da justiça, o terreno ficava um pouco irregular por estar próximo às colinas do leste. O próximo espaço era um portal circular que não levava a nenhum lugar, presidido por um lance de 20 degraus, a quase 2 metros acima do solo. O caminho, esculpido em pedra, é feito de maneira plana e limpa. Algumas flores e plantas trepadeiras crescem nas pedras ao redor da escada que servia como uma proteção para que o consulente não caísse de lá. As oferendas ficavam expostas no meio desse portal que concedia uma visão privilegiada dos outros nichos dos deuses. Não havia tigelas em si separadas nesse nicho em particular, era esculpido na própria pedra de forma que as oferendas "fundissem" na pedra. Apenas adagas de prata e ouro eram usadas ali, com incensos de sálvia e mel. Jarros com água, mel e vinho se faziam presentes nos cantos do portal, além do grande e bem cuidado pé de louro, que se enroscava no portal e servia de apoio para os minúsculos sinos de vento de madeira. A inscrição aos pés da escada deixava claro, ali era o local de oração destinado aos deuses mensageiros: Hermes, Íris e Orfeu. As velas acesas ali tinham coloração dourada e branca, apenas.

O próximo nicho de adoração era um portal circular que imitava uma das fases lunares, bem parecido com o nicho dos deuses mensageiros. Mas diferente deste, era um portal mais simples. Uma nascente de água escorria por entre o adorno que não passava dos 1,80m. Era feito de pedras encaixadas umas nas outras até que pudesse formar o círculo, dando a vista para mais uma paisagem de pedreiras ao fundo. Por todo o canto, pedaços de cristais e pedras ritualísticas se encontravam tanto no chão quanto dentro de balaios de vime. As plantas cresciam só em volta das pedras no chão, deixando o portal circular completamente limpo, apenas enfeitado com sinos de vento de pedras místicas. Velas de todas as cores eram acesas ali, daquelas que duravam 21 dias, além dos mais variados tipos de incensos em pó e em vareta. Haviam tigelas e pratos de pedra, madeira, porcelana e barro que comportavam as oferendas que iam de carne branca assada a carne de porco crua. Jarros e taças com mel, vinho, água e sangue encontravam-se nos cantos do local, assim como as adagas feitas de prata, para os sacrifícios. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que ali era o local de oração dos deuses lunares: Ártemis, Selene e Circe.

Adiante, próximo ao nicho dos deuses lunares, a nascente de água crescia e se expandia, até chegar em uma pedreira, e de lá, para dentro da floresta. Ainda dentro do grande círculo de pedra, há uma pequena queda d'água onde as pedras foram reposicionadas para que pudesse ter tal efeito. A água caía com força na pedra em direção a floresta, no qual era sustentada por pedras comuns e pedras preciosas, assim como é possível notar vestígios de minerais preciosos no fundo desse pequeno desfiladeiro. Apesar disso, a água não interferia na chama das velas dispostas pela pedreira, sempre nas colorações rosa, branca, azul e verde. Os pratos, potes e tigelas eram de ferro, porcelana e madeira, que variam entre pratos apenas com frutas e pratos com carnes vermelhas assadas, nunca carne crua. Jarros com vinho, néctar e água doce eram oferecidos pelos cantos, além de adagas de prata e bronze. Os incensos eram de ervas diferentes que produziam um cheiro forte capaz de relaxar o corpo. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que ali era o local de oração dos deuses do mar: Poseidon, Anfitrite, Pontos e Talassa.

Recuando para o lado oposto, mais para dentro da floresta, situa-se uma pequena cabana de 2 metros de altura que mais se assemelha a uma guarita, feita unicamente de madeira, com o teto de folha de bananeira trançada. As oferendas neste templo podiam ser apenas de carne de boi assada, juntamente com jarros de vinho, mel e néctar. Os incensos ali eram apenas os que tinham essência suave que quase não dá pra notar no ar, e as velas em sua maioria nas cores marrons e roxas. As adagas de sacrifício sempre de pedras ou de prata. Não havia muitos adornos como nos outros nichos de adoração como sinos de vento e afins, contando apenas com uma representação no centro da "guarita" que se elevava do chão e mostrava duas máscaras representando uma feição feliz, e o outra triste. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que este é o local de oração aos deuses do teatro: Dionisio, Momo e Comos.

Próximo a parte traseira da grande árvore que recobria o local, havia uma fogueira simples que queimava sem parar. Havia sido ornamentada dentro de um cubo grande de pedra para que o fogo não alastrasse pela floresta, e as chamas não chegavam tão alto que pudesse pegar na vegetação. Dentro do cubo de pedra, havia jarros de água, néctar e vinho, assim como oferendas de pratos em sua maioria com frutas vermelhas que não eram ácidas, carne branca cozida e com temperos fortes. Haviam velas brancas, vermelhas e amarelas acesas ao redor da fogueira, além de copos com água e pratos com ervas medicinais. Havia facas de prata e metal para sacrifícios, além de incensos feitos de ervas medicinais como arruda, incensos de mirra e verbena. Uma plaquinha informativa ao lado dizia que este é o local de oração aos deuses do fogo e da cura: Asclépio, Héstia e Hefesto.

Por último, escondido nas bordas do círculo de pedra, se encontrava um chafariz feito de gesso com uma proporção simples, não passando de um raio de 5 metros de diâmetro e 2 de altura. A mecânica do objeto era jogar a água em si mesmo e depois rebobinar toda esta. Dentro da fonte, era possível notar alguns poucos dracmas dispostos ali. No topo do chafariz era idealizado um grandioso pavão que deixava claro sobre aquele local de oração, sendo o único lugar dedicado a apenas uma deusa: Hera. Diferente dos outros nichos, ali haviam tigelas e potes de porcelana e gesso, mas não haviam oferendas de qualquer tipo. Jarros com água, vinho e mel estavam dispostos ao redor do chafariz, além de velas somente na cor branca, não tanto em abundância quanto nos outros, uma vez que Hera não era a primeira opção dos semideuses em pedir ajuda. O nome da Deusa era escrito na piscina do chafariz, que tinha cascalho branco por toda a sua volta, dando um toque de harmonia. Os incensos eram em maioria manjericão e rosa branca.

Poucos semideuses foram escolhidos para ficar ali em tempo integral, para cuidar das velas, acender incensos, retirar pratos que estragava e manter o equilíbrio entre todos os deuses, afinal aquela parte do acampamento era a única que não era destinada à diversão. Como era um local carregado de uma densa energia, era possível ver espectros passando por aqui e ali, além de sussurros sempre vindo dos nichos mais afastados mesmo que ninguém estivesse por lá. [Por Doug]

*Como Perséfone é a rainha do submundo e Deusa das estações do ano, seu local de oração alterna quando é Primavera e Verão que é quando está no Olimpo, e Outono e Inverno que é quando está no Submundo, os filhos e seguidores dela precisam se atentar a isso. 

Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora