A Grande Profecia


Uma fumaça verde, forte e descontrolada começou a rondar ao redor de todos na festa, até que se aproximou de um garoto em particular. A fumaça lhe invadiu a boca, o fazendo cair. Quando ele levantou, seus olhos estavam da mesma cor que a fumaça e sua voz era rouca, estranha, não parecia nem mesmo humana.

"Eu sou o espírito de Delfos, oráculo de Apolo Febo. Sou o orador que lhes vem trazer as palavras futuras. Sou a Voz dos Deuses, Porta-voz dos Enigmas, Vidente do Destino."

Ele olhou diretamente para Quiron

"O mar vermelho se aproxima,

e o sol coberto será.

No momento de sua ira

os filhos dos deuses terão de buscar,

Num número impar,

Cinco semideuses um caminho a trilhar.

Ascendente do sangue divino,

a morte semeará.

De muitos nomes conhecida,

Mãe de três. Passado de muitos.

Da vitória ou derrota depende o futuro."

Hyperion foi aprisionado no Tártaro até fugir junto dos outros titãs para lutar na segunda Titanomaquia, é o outro Titã, além de Cronos mostrado lutando na Batalha de Manhattan. Ele lidera um exército composto por citas dracanae, semideuses e gigantes de Laistrygonian no Central Park, onde é interceptado por Percy, a cabine de Athena, os caçadores de Artemis e os espíritos da natureza liderados por Grover e Leneus. Hyperion duela com seu sobrinho-neto Percy, que cria um furacão (com água) que diminui seu poder de fogo, tempo suficiente para Hyperion ser preso em uma árvore pelos sátiros e ninfas.

Teia é Titanide do Esplendor e consorte de Hyperion, é a mãe de Helios, Eos e Selene.

Alguns titãs foram jogados de volta ao tártaro (como Hyperion), e outros fugiram. Mas Teia não.

Com seu marido mandado ao tártaro, ela ficou todos esses anos escondidas, não revelando nada sobre seu paradeiro, até que começa a conquistar aliados para se vingar do acampamento, pois eram semideuses de lá que haviam derrubado sua família.

Vários acontecimentos marcaram o crescimento do exército da titânide e de seus aliados, a primeira foi o chefe de uma tribo que conseguiu sequestrar o deus Zéfiro e pretendia fazer um ritual para absorver os poderes deste. Esse chefe era aliado da titânide, e os poderes seriam de grande ajuda para estar ao lado dela, mas isso foi impedido por um grupo de semideusas que lutaram, recuperando o deus e vencendo o chefe.

Os gigantes gemêos, os Aloidas, Oto e Efilaltes foram trazidos de volta pelos poderes da titânide e dos titãs que ainda estão no tártaro, assim foram atrás das caçadoras de Ártemis, para desregular o grupo e enfraquecer. Ártemis buscou ajuda do acampamento e conseguiram com isso vencer os dois gigantes. Apesar de todas as percas de caçadoras, ainda era uma vitória.

Teia se aliou a uma amazona e fez com que ela matasse a rainha e colocasse a culpa nos romanos, o que ocasionou um feitiço ser lançado na direção do acampamento meio sangue que só atingia quem era romano, e após isso, um ataque ainda ocorreu no próprio acampamento romano. Durante essa invasão o estandarte da águia, o símbolo do acampamento Júpiter foi levado. E também sumiu um pretor.

As fúrias também se aliaram a ela, por isso estavam atacando Semideuses por aí, e uma delas atacou os que foram fazer as entregas de morangos.

Mesmo dentro do acampamento a titânide havia criado aliados, uma dessas através de uma bela mentira: a titânide matou seu pai em forma de um acidente e a salvou, para que ela lhe devesse. Foi descoberto e contado depois para ela sobre isso.

Quando os romanos chegaram ao acampamento para irem junto com o gregos atrás do estandarte, uma chuva de flechas foi causada por um filho de Éros aliado da titânide, na intenção de desunir os campistas através das confusões causadas.

A missão foi em busca do estandarte, mas após muitas confusões, erros, traições, eles tiverem que fazer uma escolha: O estandarte ou dois semideuses que estavam presos - Percy Jackson e Frank Zhang. Eles optaram pelos semideuses, e foi a melhor escolha, pois eles seriam usados num ritual de sangue para trazer os outros titãs de volta, afinal, eram semideuses poderosos os dois.

O lugar mais óbvio para uma base de titãs era o monte Otrys, localizado no Monte Tam, em São Francisco. Argus os leva até Chicago, lá são atacados por três Harpias, mas conseguem se sair bem. Só com alguns ferimentos. Eles passam a noite e pegam o trem para São Francisco. Ao chegarem tem uma ida tranquila até o tal monte, quando passam da área liberada para turistas tinham dois caminhos a seguir: "Pela direita chega um lugar onde tem uma árvore com maçãs douradas, pela esquerda chega um ponto onde não há vegetação. Ambos os lados tem perigos".

Eles decidem seguir pela esquerda, e se safam de poder ter que enfrentar Ládon, o dragão de cem cabeças. Mas chegam ao pântano de Lerna, o lar da Hydra, a qual eles tem de enfrentar para continuar o trajeto. Com muito sacrifício conseguem derrotar a fera, para quando chegam ao topo, não ser a base dos titãs. Era muito óbvio, e só havia u garoto filho de Hipnos de guarda para ninguém querer libertar Atlas de segurar o céu. Esse garoto diz a eles que Téia estava no labirinto, e pelo píer 39 havia uma entrada, e que para se andar pelo labirinto precisariam de um mortal que vê pela névoa.

Eles adormecem e vão no dia seguinte para o píer. La conseguem descobrir sobre um mortal, mas logo são atacados por três semideuses aliados de Téia: Uma filha de Afrodite, um filho de Zeus e um filho de Perséfone. A luta contra eles não foi nada fácil, mas eles conseguem, apesar do cansaço. E adentram ao labirinto.

Com o mortal eles conseguiam andar com mais tranquilidade pelo Labirinto de Dédalo, era um lugar sem sentido, como se várias partes tivessem sido emendadas e colocadas juntas, partes de mármore, partes de lama, etc. Conseguem chegar até uma arena onde encontram a titânide e lá ela os mostra que já tinha conseguido trazer seu marido, Hyperion, de volta. Téia não inicia uma luta com eles, mas manda seu bichinho: Um basilisco. O mortal é morto pelo olhar do basilisco e um dos semideuses também acaba morto, mas no final os outros conseguem matar o rei das serpentes.

Agora faltavam dois titãs. Estes foram até os semideuses, e como eram mais poderosos, os filhos dos deuses acabavam mais se defendendo do que atacando. Então Zeus aparece e uma bela porradaria se da início, ao que o deus dos trovões consegue jogar Hyperion e Téia para o Tártaro, e então levar os jovens de volta ao acampamento. Quatro semideuses retornam com vida, uma perda foi acometida.

A Grande Profecia

Enquanto tudo começava a ser ajeitado para encerrar a festa, um ar diferente tomou o lugar, os olhos de Rachel ficaram verdes e ela se levantou de uma vez de onde estava sentada, uma fumaça verde saia agora de sua boca junto a uma voz grave e antiga, que não se parecia nada com a da garota ruiva

"A culpa recaída no acampamento

Pelo desaparecimento.

A vingança exigida

Pela Ursa maior e sua alma perdida,

Condenada sem ser culpada,

Morta por quem ela tanto acreditava e amava.

Caçada, ferida e completamente perdida.

Outra Ursa busca vingar

A morte, desespero e desesperança,

Tudo que o poder ousou causar

A derrubada é em sua liderança.

O Olimpo resistirá mais uma vez

Ou será o fim de uma era de vez?"

Após o final da profecia ela caia na cadeira desacordada, Quiron a segurava e colocava sentada devagar, a apoiando para que não caísse ao chão. Ele sabia bem o que aquilo significava. Era uma nova Grande Profecia. E eles podiam esperar que algo de ruim fosse ainda acontecer, quando? Ninguém sabia, essas profecias podiam demorar dias, meses ou anos para se cumprir, mas um dia se cumpriam.

Calisto era uma caçadora que despertou sentimentos em Zeus, este se disfarçou como a deusa Artemis e tentou seduzir a garota, sem sucesso. Quando não conseguiu, ele a atacou a força e engravidou a jovem, que envergonhada escondeu de todos o ocorrido.

Mas não durou muito tempo. Num dia, ao tomarem banho, Artemis descobriu e fez Calisto confessar, apesar de dizer que não era culpa dela o que havia acontecido, o fato de mentir para ela sobre fez com que a punisse. Artemis a transformou em um urso e mandou que fugisse, pois seria caçada.

Em forma de urso ela deu a luz a seu filho, Artlas, esse em forma humana.

Ao que dá a entender, Calisto foi morta pelas caçadoras anos depois, e Zeus, compadecido de tudo aquilo a transformou na constelação da Ursa Maior e seu filho na Ursa menor.


Durante uma festa em homenagem a Athena e Ares que aconteceu no acampamento Meio Sangue, o escudo Aegis de Athena fora roubado, e ninguém havia notado. A deusa deu um tempo para que o trouxessem de volta, e assim foram em missão em busca.

Na busca, conseguiram encontrar como grupo conhecido como Ursas, que estavam em posse do escudo, entre diversas dificuldades, recuperaram, mas um dos jovens ficou para trás como refém delas, e que iria ser usado em sacrifício em um ritual. Outra missão foi lançada para ir em busca do companheiro, e o salvaram, com algumas dificuldades e ressalvas.

Calisto era a chefe das Ursas e uma filha de Zeus, ela tratava todas como parte de sua família, mas ninguém sabia o que tinha trazido a ira dela contra os deuses. Ela tinha o mesmo nome da primeira Calisto, mas obviamente não era ela.

Sua intenção era fazer um ritual com o sangue do sacrifício do semideus para que se tornasse uma deusa, mas quando o garoto foi resgatado, ela usou outro plano que tinha, e preparou um ritual para poder se metamorfosear em um urso poderoso sempre que quisesse. Mas tal ritual foi atrapalhado por Ryncho, um filho de Hefesto e Guardião de Héstia. 


Calisto estava sentada em uma espécie de trono de madeira, várias mulheres, de diferentes cores, raças e etnias estavam ao seu redor. Ela parecia não se abalar com o fato de terem perdido o rapaz que seria sacrificado, mas as garotas que estavam com ele pareciam apreensivas.

A mulher de cabelos brancos se levantou e caminhou entre elas, ela sorria, e ninguém sabia qual o motivo daquele sorriso.

- Vocês são a minha família, e ursos são seres protetores da família. Alguns pensariam que eu facilmente sacrificaria uma de vocês para completar o ritual e me tornar uma deusa completa, mas eu não faço isso com minha família. - Ela olhou ao redor, passando seus olhos pelos olhos de todas as mulheres ali presentes. Algumas pareciam aliviadas, outras ainda sem entender o motivo daquela reunião.

Calisto andou e foi se afastando da roda, mais a frente havia um altar de pedra alto, com lâminas ao seu redor, de diversos tamanhos, algumas de material comum e outras de material divino. Ela se aproximou do altar, pegou uma faca grande em sua mão, feita de ouro imperial, ela alisou a lâmina com os dedos e então olhou para a frente.

-Erika, por favor, busque nosso sacrifício da noite. - então uma garota asiática acenou com a cabeça e saiu dali, todos olhavam para onde ela ia. Alguns minutos mais tarde ela chegou empurrando uma grande gaiola contendo um urso pardo, e levou ate o lado de Calisto. Ela rodiou a gaiola, voltou até o altar pegando uma seringa com agulha que havia alie aplicou no urso, o que o fez dormir.

- Apesar dele ser um sacrifício, não precisar estar sofrendo. - ela falava tranquilamente. A gaiola era aberta e a asiática colocava o urso sobre o altar, havia uma bacia de prata abaixo para colher o sangue, e quando o animal foi morto, ela se encheu.

Calisto recolheu a bacia e foi para uma área mais aberta ao lado, velas estavam dispostas formando um círculo e ela entrou no meio dele e começou a desenhar um símbolo como sangue do urso no chão, dentro do círculo de velas. Depois pegou uma corrente de prata e jogou dentro da bacia onde ainda continha sangue. Ela ficou de pé, no meio do símbolo desenhado, coloca a bacia no chão e puxa a corrente ensanguentada com a mão. As mulheres são orientadas pelas mais velhas a formarem um círculo ali ao redor de onde tudo acontecia, e assim o fazem. Calisto entãocomeça a recitar palavras em latim:

"Fac me partem Ursae Maioris, fac me partem iniuriae. Illa vena transit in sanguinem meum et sanguinem ursi et dat mihi ungues et dentes ad pugnam. Anima tua vindicabit in me;"

(Faça-me parte da Ursa Maior, faça-me parte da que foi injustiçada. Essa corrente passa para o meu sangue o do urso e me dá garras e dentes para lutar. Sua alma vai se vingar através de mim).

O chão começou a borbulhar, como se uma panela fosse acessa no fogo, as velas ao redor se apagaram, o chão parecia feito de sangue. Calisto pareceu ser engolida pela terra, e após alguns minutos ela foi saindo, com uma capa ao seu redor. Ninguém entendia o que tinha acontecido, mas apenas aguardavam para ver. De repente, tudo parou, o chão estava normal, apenas com o símbolo desenhado, o silencio podia até ser sentido, e a lua cheia brilhava no céu.

- Eu irei vingar a Ursa Maior, pois agora sou parte dela - disse Calisto e jogou a capa ao chão, e então estava nua por baixo. Seu corpo começou a criar pelos pardos, suas unhas e dentes cresciam, até que ela se transformou num enorme urso pardo com aquele símbolo, o símbolo das Ursas, gravado em vermelho em seu peito. Suas garras e seus dentes eram feitos de prata, abençoados com o ritual para não se quebrarem. Ela então rugiu alto, e todas as ursas entraram em êxtase.


Calisto estava extremamente confiante quanto ao que estava fazendo, a única que sabia sobre o ritual era a jovem Erika, pois a quase deusa não havia dito para as outras Ursas qual era seu plano reserva caso não conseguisse o Semideus para o ritual que a transformaria em deusa completamente.

Poucos entendiam como aquilo funcionava, mas era o mesmo que havia acontecido aos imperadores que enfrentaram Apolo anos antes, conforme a crença neles crescia, eles iam ficando mais próximos de se se tornarem iguais a um deus. A diferença era que os Imperadores não eram semideuses poderosos, então precisavam sacrificar um deus para conseguirem finalizar o ritual, para Calisto, um Semideus seria o suficiente por ela já ser uma filha de Zeus.

A lua cheia era necessária porque era o momento em que a lua se mostrava em sua totalidade, e era importante que rituais assim fossem realizados no primeiro dia da lua cheia, quando o esplendor e poder dela estavam em seu auge, sem o passar dos dias para interferir.

O urso era o sacrifício perfeito por toda a história da Calisto original, e por ela querer tomar a forma de um urso e o espírito dele, com o ritual, ela poderia mudar de forma sempre que quisesse, e suas garras e dentes seriam de prata, a que pertencia a corrente por onde o sangue escorreu. Ela precisava estar concentrada no que fazia.

Suas garotas ficavam em forma de círculo ao seu redor, mas elas eram muitas, então eram vários círculos se formando ao redor, umas ficando mais próximas e outras ficando mais distantes enquanto ia se desenrolando todos os acontecimentos. Ninguém prestava atenção no que acontecia ao redor, mesmo que o céu tomasse colorações diferentes, ninguém achava que era anormal, afinal, ela era uma filha de Zeus, os céus mudavam por causa dela.

O que elas não tinham notado facilmente é que River ainda usava o anel dado pelo filho de Hefesto que havia as enfrentado, Ryncho, e através daquele anel ele vai e ouvia o que se passava onde a garota estava, então ele conseguia ver quando o ritual começava a acontecer, então, ele ia fazer uma tentativa um tanto quanto arriscada para parar aquilo, ele não sabia bem qual era o resultado esperado, mas sabia que não seria nada bom, e ele havia dito até para Hestia que faria de tudo para proteger o acampamento. E era isso que agora ele estava fazendo.

Enquanto Calisto estava concentrada, ele preparava uma arma, uma réplica do raio de Zeus, e a abençoava com o uso de seu sangue, para aumentar o dano que aquilo poderia causar. Para também aumentar o perigo, ele a encantava com fogo, assim as resistências elétricas de Calisto não seriam o suficiente para que aquilo não a atingisse.

Seus atributos estavam duplicados por estar dentro do Bunker 9 trabalhando em meio ao fogo e calor, ele tinha a capacidade de causar a morte instantânea de algum inimigo em raros casos. Usando em conjunto sua percepção combativa, ataque dirigido, perícia com armas e sua mente aberta, ele conseguia dirigir o ataque ao centro de todo o ritual com uma força descomunal.

E foi então o que ele fez.

No céu acima de Calisto formou-se um grande raio, metade feito de energia e metade feito de fogo, com um poder que emanava de forma imensa, maior do que qualquer um ali poderia imaginar. Lilith, uma garota de cabelos ruivos em meio as outras usa de seu relógio tempo e faz ela, Kaya e mais algumas (cerca de 15 garotas) ficarem fora do espaço-tempo apenas observando o que aconteceria em seguida, elas estando ali, o que acontecia não as atingiria.

A explosão do raio foi focada em Calisto, que só pode perceber quando era tarde demais o raio indo atingi-la. Uma explosão se formou, todo o campo ao redor entrou em chamas, o chão virou cinzas assim como todos os corpos de todas as garotas que estavam ao redor. As que estavam na cúpula do tempo assistiam a destruição sem nada poder fazer em troca daquilo, apenas observavam em choque enquanto viam corpos pegando fogo e depois apenas cinzas e campo queimado.

O incêndio causado ainda duraria algumas horas, as garotas que se salvaram, quando Lilith desativou o relógio, só fugiram cada uma por si só, sem esperar explicações, e sem esperar chances de que fossem atingidas por algo parecido. Lilith, por ser filha do deus do tempo, tinha conseguido fazer a cúpula com o relógio antes da explosão acontecer, mas ela sabia que não teria como fazer mais do que isso, mesmo que significasse assistir a morte de todas as outras se tornando cinzas. Ela também fugiu, não se sabe para onde.

Mas Calisto estava morta, o ritual havia sido interrompido e As Ursas haviam sido destruídas.

Nem mesmo no Olimpo acreditavam em tudo que havia acontecido, Zeus olhava para a cena, mesmo que ele soubesse sobre Calisto e soubesse algumas coisas quanto a ela estar contra ele e os outros deuses, não esperava que fosse chegar tão longe. Mas esperava menos ainda que um jovem como Ryncho tivesse tais capacidades para causar uma destruição como a que ele havia causado. E isso era preocupante para o rei dos deuses.

Profecia no Final de um Casamento

Um Casamento acontecia entre dois semideuses, e alguns deuses também estavam ali presentes para a comemoração. 

O casamento estava chegando ao fim, todos se despediam, abraços rolavam para um lado e para o outro.

Brenda e Demiurgo começavam a se despedir dos amigos e se despedir dos pais, mesmo que a presença de Persefone não tenha sido algo tão confortável para eles, não significou nenhuma tragédia acontecendo. Samantha tinha dormido, e Brenda colocou ela com uma manta numa cadeira com o coelho aconchegado nela.

Quiron estava pronto a se retirar, mas esperava ainda Dionísio que havia ido se despedir dos outros deuses, não era sempre que ele podia encontrar com eles.

Enquanto as despedidas rolavam, Rachel caiu ao chão segurando sua cabeça sentindo uma dor, seus olhos tomaram o tom esverdeado e a fumaça verde se formou ao seu redor, da sua boca saia uma voz antiga

Ao mesmo tempo, existia no Olimpo após as Provações de Apolo, um local dedicado aos outros oráculos que existiram na Grécia antiga, e eles começaram a fazer barulho, sons de diferentes vozes antigas saiam de lá de dentro.

E todos os oráculos, juntos, recitavam naquele momento...


"Aqueles com o poder de derrubar o senhor dos raios se aproximam.

Nascidos da mistura entre sangues divinos,

Marcados como descendência de poderes distintos.

O trono dos raios correrá perigo

De ser destronado por novos inimigos.

A guerra incitada pelo medo,

Onde até os seres de ícor

Irão sentir dor."


Os deuses que estavam no Olimpo e também os deuses que estavam no casamento ouviram a profecia, assim como todos os outros ali presentes. Rachel começou a cair, mas Apolo criou uma espécie de maca de luz que a deitou devagar. Ela estava desacordada, e o deus dos oráculos andou até ela, colocando a mão em sua testa, que estava levemente quente.

- Algo mais aconteceu. Cuidem dela, eu a estou abençoando para que logo ela acorde. - ele falava aos seus filhos e seus netos filhos de Asclépio.

Ele entregava a garota para eles, olhava para os outros deuses que também demonstravam preocupação em seus olhares.

- Boa noite jovens, também tentaremos entender o que aconteceu sobre essa profecia, por enquanto, vamos cada um a seus chalés, por favor - dizia Quiron fazendo sinal para que os semideuses fossem se retirando.

Os cochichos claramente seriam muitos, não dava para controlar o quanto iriam falar sobre aquele ocorrido. Mas já havia acontecido. Agora era tentar entender e esperar.

Hera se aproximou de Persefone e fez sinal para que a acompanhasse, elas iam subir ao Olimpo, Hades sumiu numa onda de sombras, Apolo subiu em sua carruagem solar - este último tinha ainda que levar dona Sueli de volta ao Brasil antes de voltar.


Confusão no Olimpo

No Olimpo, todos os deuses que lá estavam ouviram a profecia. E todos entenderam a primeira frase, bom, pelo menos uma parte dela. Todos sabiam quem era o senhor dos raios. E bom, Zeus havia ouvido e entendido. E a ira dele podia ser sentida por todos.

Ele levantou-se de uma vez, esbravejando e com os olhos faiscando com raios saindo deles, ondas de energia passavam ao redor do deus que andava pelo lugar. Hera havia acabado de voltar com Perséfone, ela se aproximava do marido

- Zeus, queridos, se acal....

- NÃO ME MANDE ME ACALMAR! EU NÃO VOU DEIXAR NINGUEM TER PODER PARA ME DERRUBAR! - um barulho de trovão tomou conta de todo o Olimpo e pode ser ouvido na terra. Todos sabiam do quanto Zeus estava nervoso naquele momento.

[...]

Os deuses que viviam por ali começaram a se reunir na sala onde ficavam os tronos, Zeus os havia convocados todos, e mandado até mensagem para aqueles que não ficavam ali. Os deuses do mar, os ctônicos e Artêmis não compareceram, talvez a mensagem não os desse tempo necessário, já que a reunião havia sido chamada no mesmo dia. Mas os deuses dos ventos, até mesmo Despina estavam ali presentes. Os Primordiais obviamente não estavam ali e sequer haviam sido consultados, eles tinham mais o que fazer do que ir em reuniões com Zeus.

Aqueles que faziam parte dos Olimpianos estavam em seus devidos tronos, os outros deuses estavam em tronos menores dispostos pela sala. O deus dos raios começou a andar em meio a eles olhando nos olhos de cada um.

- Eu irei contra todos aqueles que forem Legados, a profecia deixa claro que são os que tem misturas de sangue que serão capazes de me derrubar, então eu os derrubarei antes. - dizia Zeus andando em meio aos outros deuses. Alguns cochichavam de um lado, outros apenas o olhavam assustados, e outros pareciam pensativos.

- Acho uma atitude equivocada, profecias podem ter várias interpretações, não devemos supor que a sua seja a única correta - Hera falava calmamente sem levantar de seu lugar.

- Eu não irei arriscar! - ele dizia em alto e bom som e um trovão soava no salão.

- Pai, o senhor está sendo muito incoerente e precipitado, o mesmo aconteceu quando eu fui nascer e sabemos que hoje nós não temos problemas. Seja razoável! - Athena falava com o pai olhando para ele.

Zeus aumentou de tamanho enquanto sua ira também aumentava enquanto ele se aproximava dela

- VOCÊ NÃO OUSE DIZER QUE SOU INCOERENTE! NÃO É SOBRE VOCÊ! NÃO É SOBRE NENHUM DE VOCÊS! - ele gritou com ênfase na última parte. Alguns ali estremeciam.

- Eu não tenho porque não o ajudar com isso, senhor Zeus, meus poderes de inverno podem lhe ser úteis... - Despina falava tranquilamente. Deméter lhe ofereceu um olhar enfurecido, mas isso não a intimidava, ela nutria rancor pela mãe desde que a abandonara para ir atrás da irmã, que sentava sempre perto da mãe.

- Agradeço, Despina. E espero que vocês, deuses, fiquem ao meu lado - ele falava e olhava ao redor.

Apolo se levantou de seu trono, andando até o lugar e ficando de frente ao pai, encarando aqueles olhos de raio.

- Nenhum filho meu será tocado por seus raios, e nenhum legado meu será deixado de lado. Eu estarei do lado deles.

- Está me desafiando garoto? Sabe o que posso fazer com você, e já fiz antes. O que me impediria de te fazer mortal nesse momento?

- Faça isso. Só me mostra a sua covardia em não nos enfrentar. Você prefere colocar medo nos outros os ameaçando de serem tornados mortais, mas foi dessa forma que eu tomei consciência maior de meus atos, foi assim que aprendi a ter mais carinho por aqueles que são meus filhos. Você talvez devesse tentar algum dia, convívio com mortais, sem poderes a todo momento, quem sabe não os tornam melhor.

- SEU INSOLENTE! - Zeus deu um grande tapa no deus do sol que o fez cair ao chão, e quando o rosto dele se virou, tinha os cabelos castanhos encaracolados e os olhos azuis, não era mais a forma adolescente, mas era a forma de Lester Papadopoulos, a forma mortal de Apolo. O ex-deus olhava para si mesmo e da uma risada

- Pelo menos estou mais velho e mais bonito como Lester! Anda, falta me jogar na terra agora! - ele falava rindo e via o semblante do deus dos raios enquanto este o fazia cair no mundo mortal.

- Atitudes impensadas e precipitadas! Qual a estratégia que está tomando, criando desavenças? - disse Athena se levantando e encarando o pai.

- Se acha que não sei fazer escolhas talvez deva ter a mesma lição que ele, quem sabe os mortais não a ensinem a respeitar seu pai! - ele dizia e Athena tomava a forma de uma mulher loira de olhos ainda cinzentos, mas com um óculos no rosto. Ele a jogava na terra em seguida.

- Alguém mais vai me desafiar? - dizia ele olhando ao seu redor.

Deméter e Perséfone se levantaram, seguidas por Hera que foi para perto do marido, os deuses começaram a se dividir.

Zeus, Hera, Ares, Despina, Quione e seu pai Bóreas e os outros ventos (Zéfiro, Euro e Noto), assim como Éolo, Cloris preferiu ficar ao lado do marido.

Deméter, Perséfone, Psiquê, Hefesto, Afrodite e os Erotes, Hermes, Asclépio, Íris, Niké, Heracles e Hebe, Tique, Ariadne e as Musas.

Os outros deuses que não estavam ali não tinham como escolher um lado, por sequer saberem que tal separação estava acontecendo.

- Vocês ousam ficar contra mim? - esbravejava Zeus.

- Você não está sendo o mínimo razoável, você mandou dois de nós para a terra como mortais porque não gostou do que ouviu deles, e ainda quer matar jovens e crianças por causa de algo que pode nem ter entendido! - falava Afrodite com sua voz melodiosa, mas ainda era possível sentir a raiva que ela sentia.

- E posso fazer o mesmo com mais alguns, como você - ele apontava para Psiquê, que por ter sido transformada em deusa poderia ter essa tomada dela, e fazia o mesmo com Ariadne e Asclépio, que logo eram lançados em terra - Para eles não deve sertão difícil, só estão de volta ao que eram.

Deméter e Perséfone se irritavam com o que estava acontecendo e começam a atacar o deus, e ele e seus aliados revidam. Ali era iniciada uma guerra entre os deuses onde muito daquele salão vinha sendo destruído. Eram plantas, fogo, gelo, raios e tudo mais voando de um lado para o outro naquela sala.

[...]

Apollo havia caído numa lixeira, novamente, em Nova York, e pouco depois via alguém mais caindo. Ele nunca havia visto sua irmã em alguma forma mortal, aquilo o deixou confuso, mas quando ela saiu e falou com ele podia sentir o tom dela de voz:

- Que tanto me olha? Não é só com você que ele pode fazer isso, infelizmente. Ele está louco! - Athena estava irritada, e isso era óbvio.

- Melhor pensarmos em como sair daqui, precisamos chegar ao Acampamento Meio Sangue, Quiron pode nos ajudar e podemos alertá-los do que está acontecendo.

- Apesar de tudo, você tem razão. Mas como iremos? - eles começaram a andar pela cidade para ver se encontravam alguma solução para tal problema.

Ouviram um barulho mais atrás, perto de onde haviam caído, e logo três ex-deuses saiam confusos dali, eles continuavam com suas formas já que sempre as tiveram, mesmo quando eram mortais.

- Pelo menos teremos companhia - disse Apolo e Athena suspirou revirando os olhos.

Eles olhavam para o céu de Nova York que estava todo nublado e com tempestades de raios, e sabiam bem o que aquilo significava.

[...]

No acampamento ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo no Olimpo ou em qualquer outro lugar que fosse, mas sabiam que as coisas não andavam nada boas. O tempo no acampamento não era normalmente afetado pelo que acontecia do lado de fora da barreira, mas não era assim daquela vez.

O céu do acampamento estava nublado com raios para todos os lados. Após horas da tempestade de raio, neve começava a cair, mesmo estando em plena primavera. E isso poderia ser um grande alerta a todos.

Os deuses não estavam bem.


Visita a Sally Jackson

Os deuses que haviam sido jogados na terra estavam perdidos por Nova York, sem poderes divinos, ao menos que soubessem, sem dinheiro nem mortal nem divino que os fizessem ter como se locomover.

Apollo então lembrava do endereço da casa de Sally Jackson, apesar de já terem se passado dez anos desde sua última visita, achava que seria possível a mulher ainda lembrar dele, e pelo menos dali conseguiria se comunicar com Quiron para os buscar e assim eles contarem sobre o que estava acontecendo.

Foram os cinco ex-deuses caminhando por Nova York tentando ao máximo se misturar naquele meio, era uma grande movimentação para todos os lados, faróis, semaforos, carros para todos os lados...

Não era difícil achar o endereço, porém não era fácil de chegar até lá andando, já que eram cinco pessoas que estavam acostumadas a depender de seus poderes, e agora dependiam de corpos totalmente mortais e estava sem comer ou beber a horas.

Chegaram já era a noite no endereço que procuravam, ao tocar a campainha e aguardar foram atendidos por uma garotinha de cabelos castanhos com mechas mais claras e olhos verdes que olhou sem reconhecer nenhum deles ali

- Oi? Estão procurando alguém? - perguntou a garotinha que aparentava ter cerca de dez anos.

- Oi Estelle, me lembro de você bebezinha com seu pai brincando, sempre teve esse grisalho em seu cabelo... Falando em pais, sua mãe, Sally, está em casa? - Apolo falava com a garota, citando o nome para que ela percebesse que a conhecia. Ela o olhava sem entender muito e se virava deixando a porta encostada, enquanto ia chamar a mãe.

Em poucos minutos uma mulher veio até a porta. Era incrivelmente bonita, com um sorriso tão caloroso quanto uma colcha e olhos azuis cintilantes que mudam de cor com a luz. Seu cabelo é longo e castanho com algumas mechas grisalhas, ao redor de seus olhos podiam ser vistas pequenas linhas de expressão surgidas com a idade. Ela olhava com curiosidade para Apolo, parecia o conhecer, mas ele não era mais aquele adolescente que tinha visto a anos atrás.

- Lester? - ela perguntou tranquilamente e então olhou para os outros que estavam com ele.

- É um prazer poder ver essa sua beleza novamente, Senhora Jackson. Os anos só lhe fizeram bem, devo dizer, está cada dia mais bonita. Deixe-me apresentá-los. Esses são Athena, Psiquê, Ariadne e Asclépio, esse último parece mais velho que eu, mas é meu filho. - ele indicava cada um dos deuses ali presentes para a Sra Jackson, depois a indicava para eles - Essa é Sally Jackson, acho que agora Sally Bloffis, não tenho certeza. Enfim, ela é mãe de Percy Jackson, que você seja conheceram.

- Você continua uma tentativa de galanteador, Lester. Pelo menos agora tem mais idade para isso. E bom, está bem dizendo que estes são os deuses? - ela perguntava surpresa e sem entender nada. Lester acena com a cabeça confirmando - O que aconteceu? Ah, entrem por favor. Estão com fome? Temos bolo e chá, ainda não preparei o jantar.

- Aceitamos sim, não comemos nada desde que caímos- dizia Lester e eles entravam, em seguida Sally fechava a porta em suas costas. Levava todos eles até a cozinha, a sorte que sua mesa atualmente era de oito lugares para quando Percy e Annabeth vinham, e algumas vezes traziam o pai dela também. Ela serviu um bolo que parecia ser simples, mas com cobertura azul. Parece que a tradição de comidas azuis ainda não tinha deixado aquela casa. Colocou na mesa xícaras para todos e os serviu chá quem ter.

- Comam e me contem o que está acontecendo dessa vez. Por que Zeus os puniu? -ela falava diretamente ao sentar-se.

- Eu adoro a sua inteligência, realmente foi meu pai que fez isso conosco, mas não exatamente porque mereciamos alguma punição, somente porque ficamos contra ele quando ele disse que queria matar semideuses. - Lester pausadamente e depois começava a comer seu pedaço de bolo, como se o que tinha acabado de dizer fosse algo simples.

Sally não ficava assustada facilmente, mas aquilo a preocupava e o semblante dela naquele momento, com as rugas da testa mais salientes, deixava claro como ela se sentia.

Enquanto comiam e bebiam, Lester ia contando o que havia acontecido no Olimpo, a profecia, o surto de Zeus, a briga e eles caindo no mundo mortal e andando até ali.

- Bom, a única pessoa que conhece toda essa loucura e vive aqui por Nova York que eu conheço é você, Sally, então peço primeiro perdão por a envolver nisso novamente, mas era a única opção. Precisamos falar com Quiron.

- Posso ver se ainda tenho algum dracma, Percy trás alguns quando vem para se precisarmos falar com ele em lugares que não seja possível fazer ligações normais. Um momento - ela foi até o corredor e voltou com uma bolsa preta grande, onde ela começou a mexer dentro. Estelle tinha se juntado a eles na cozinha, se sentado ao lado de Asclépio e servido um pedaço de bolo azul para si mesma.

- Vocês conhecem meu irmão? - ela perguntava olhando para os ex-deuses ali sentados, eles concordam com a cabeça.

- Annabeth é minha filha, então eu conheço bem seu irmão, pequena - dizia Athena para a criança, que apareceu ficar animada com aquela informação.

- Eu nunca tinha visto você. Annabeth trás só Sr Chase aqui as vezes, mas nunca trouxe a Senhora. Por que? - ela perguntava para Athena, que acabou por se arrepender de ter dado aquela informação, ela nãos avia o quanto a criança podia conhecer sobre aquele mundo, já que era apenas uma criança mortal comum.

- Eu e o Sr Chase não ficamos muito tempo juntos, ele quem criou Annabeth por causa de... Meu trabalho, é algo que me faz viajar muito, então não tinha como ficar com ela comigo e nem mesmo vir visitar ou conhecer vocês quando eles vinham. - Mesmo como mortal, Athena não deixava de ter um pensamento rápido para poder responder a esse tipo de coisa.

Sally então encontrou uma moeda antiga dentro de sua bolsa, era um dracma de ouro. Ela o coloca sobre a mesa a frente de Lester

- É o único que temos, então só conseguirão falar com ele uma vez, sejam rápidos e precisos com o que vão dizer. - ela disse e pegou um prisma que ficava no armário da cozinha, o colocando próximo a janela, de forma que um arco íris era formado sobre a mesa.

Lester pegou a moeda e respirou fundo, ele não sabia bem como estaria a questão de comunicação por mensagem de Íris depois de toda a briga que estava acontecendo entre os deuses, mas esperava que conseguisse mesmo que por pouco tempo. Ele jogou a moeda no arco íris

- Acampamento Meio Sangue, Quiron, o Centauro.

A moeda sumiu em meio as cores,as demorou algum tempo para que a conexão fosse feita, Quiron então olhou assustado reconhecendo a forma de Lester mais velho

- Lester? O que houve? - perguntava o Centauro confuso.

- Boa noite caro Quiron. Te contaremos com mais detalhes depois, não sabemos se a mensagem durará muito tempo, talvez Íris não esteja nas melhores condições para isso. Meu pai está louco, fez merda, estamos Athena, Asclépio, Psiquê, Ariadne e eu na casa de Sally Jackson, se puder mandar um meio de transporte para que possamos chegar ao acampamento fico agradecido. Quando estivermos aí lhe colocaremos a par de tudo que aconteceu e esta acontecendo.

Quiron foi começar a falar, mas a mensagem começava a falhar, dando cortes em suas palavras. Logo a mensagem sumiu, com eles só conseguindo entender que "Vou enviar alguém".

- Bom, nós resta esperar. Sally, não queremos ser incomodo para você, mas podemos passar essa noite aqui? Dormimos em sua sala

- Claro, a cama do Percy cabe duas pessoas, posso colocar Athena e Psiquê lá, e vocês três se dividem nos sofás e no colchão de Estelle, aí ela dorme comigo e Paul.

As horas se passaram com eles conversando, Sally deu peças de roupas dela para as mulheres e de Paul para os homens, eles tomaram banho e se vestiram, depois indo deitar nos lugares que lhes forma proporcionados. Dormir era algo estranho para a maioria deles, mas mesmo que não fossem acostumados, seus corpos mortais logo caíram em sono profundo.


Missão de busca dos deuses

Alguns semideuses foram em missão acreditando que estavam em busca de cinco semideuses que precisavam de ajuda e estavam na casa de Sally, mãe de Percy Jackson.

Mal sabiam que se tratava dos deuses caídos.

Eles foram para Nova York, enfrentaram problemas, quase destruíram o prédio onde Sally mora, mas conseguiram voltar e com todos os cinco deuses.


A Reunião e revelação

Quiron estava no centro do Anfiteatro junto com Sr.D, o estranho é que dessa vez podiam ver o deus do vinho sorrindo e abraçado a uma mulher, era uma das que tinha sido buscada pelos garotos na missão. Ninguém poderia entender inicialmente aquilo, mas aguardariam para saber. Junto a eles estavam também Rachel e os outros Semideuses resgatados, além da deusa Hestia cuidando da fogueira.

O centauro ficou aguardando enquanto os campistas iam chegando e se acomodando em seus lugares pela grande arquibancada que ali existia. Ele olhava os diversos rostos por ali, e pensava no quão complicado poderia ser explicar tudo aquilo.

Quando a maioria já havia chego, ele fica num lugar em que pudesse ser visto por todos, e fala numa voz mais alta, de forma a ser facilmente ouvida:

- Boa noite, meus caros. Imagino que estejam ainda se perguntando o porquê de termos pedido essa reunião com vocês aqui essa noite, sei o quanto a curiosidade pode ser atiçada com esses aspectos, mas sinto dizer que as notícias não são boas... - ele falava e dava uma pausa observando ao redor, alguns já começavam a cochichar entre si sobre suas suposições.

- Quatro jovens foram em uma missão recentemente de busca, foi informado a eles o endereço de onde deveriam ir e que deveriam trazer ao acampamento cinco Semideuses que estava por lá. Não foi questionado em momento nenhum porque tantos Semideuses estavam juntos na casa de uma mortal? Bom, temos boas razões para isso.

"Inicialmente, devo explicar que todo o ocorrido se deve a profecia que todos nós ouvimos logo após a festa de casamento, e essa mesma profecia, por algum motivo, foi revirada pelos oráculos que habitam o Olimpo. E Zeus logo soube. Com isso ele ameaçou acabar com qualquer um que pudesse ser uma ameaça a ele, isso quer dizer que deseja atacar os Legados, pois é o que ele julga serem os da profecia, a 'mistura de sangue divino'. Mas alguns deuses não ficaram ao lado dele, na verdade, vários deuses, mas sabemos que Zeus tem mais poder que muitos deles, e bem... - ele olhou então para os cinco que estavam ali antes de continuar - Lester, gostaria de explicar essa parte?

- Claro, Quiron. - ele ia então até onde antes estava o centauro - Boa noite a todos. Sei que ainda estão confusos, que não me conhecem e tudo mais, sou Lester Papadopoulos, mas com outra aparência e com outro sangue eu sou conhecido como Apolo, o deus da luz, das artes, etc. Mas essa é minha aparência e nome mortal, graças ao meu pai. - ele falava com um leve sorriso e aguardava as reações ao redor.

[...]

As reações eram das mais variadas, alguns apenas arregalavam os olhos ou abriam a boca em surpresa, outros começavam a falar com quem estava próximo sobre ele.

Ele ouvia a pergunta do garoto que se aproximava ali sobre quem estava ao lado de Zeus

- Eu vou explicar já, alguns mais se voltaram contra ele, e alguns ficaram a seu lado. As coisas não serão nada fáceis, devo dizer... - ele respirava fundo antes de continuar.

- É, pois é meu povo. Estou em forma mortal e praticamente sem poderes, se for como da última vez. Por ficar contra ele, ele me fez novamente ser um mortal, assim como aquele ali, meu filho, Asclépio, minha queria irmã sabinha, Athena, a esposa de Dionísio que está ali agarrada com ele, Ariadne, e sim, é a do fio no labirinto. E temos tambem a nossa queria conquistadora de cupido, Psiquê. Sim, estamos todos em nossas formas mortais. Eu e Athena, como nascemos deuses, nossas formas mudam ao sermos transformados em mortais, já pá outros três não porque nasceram mortais e depois alcançaram a divindade. Mas isso não é o importante.

Ele falava e ia apontando para cada um que citava e explicava quem eram, assim as reações dos jovens ao redor só piorava, afinal, tinham cinco deuses em forma mortal ali, a frente deles naquele momento e qualquer um poderia supor que aquilo não seria bom sinal.

- Meu pai realmente quer acabar com os Legados, e nós não aceitamos e o enfrentamos sobre isso, e bom, estamos aqui. Mas não fomos lá únicos a ficar contra ele, Deméter e Persefone, Hefesto, Afrodite , por mais estranho que pareça o casal ficou do mesmo lado... Os quatro erotes, Hermes, Iria, Niké, Heracles e Hebe, Tique e as nove Musas. Os deuses do mar e os que vivem no submundo não sabemos como ficarão nessa história porque não estavam presentes. Hera resolveu que ficaria ao lado do marido, o que não me surpreende, assim como Ares, Despina e seu pai Boreas, e os outros ventos também o acompanharam, Éolo incluído nisso, e Cloris porque não quis ficar contra o marido, o Zéfiro.

Ele dava uma respirada, eram muitos nomes a se lembrar e citar, mas ele achava que poderia ser importante informar sobre o que estava rolando com esse tipo de detalhe, afinal, se algum desses deuses surgisse, já saberiam que seria perigoso ou algum tipo de armadilha.

- Nós caímos na terra antes de uma batalha realmente começar, mas a tempestade que surgiu no céu em seguida nos dá certeza que ela aconteceu. Com isso, devo avisar que as comunicações estão instáveis, afinal não sabemos onde Iria está, nem nenhum dos outros. Não consegui falar com minha irmã, ela está junto das caçadoras, e bem, não sei como ela vai reagir a tudo isso. Se as caçadoras que estão aqui no acampamento tiverem alguma forma específica de dar com ela, fico agradecido. Se os filhos de deuses do mar e deuses ctonicos conseguirem fazer algum tipos e comunicação, seria bom também. Enfim, acho que o básico é isso. Podem surtar, falar, perguntar...

Ele esperava e Quiron então vinha ao centro novamente pedindo licença a ele, o centauro preferia poder controlar a situação para que os campistas não surtassem realmente com todas aquelas informações que haviam sido jogadas ali.

- Eu peço que não entrem em desespero, estaremos tentando nos comunicar com todos os deuses que estiverem ao nosso lado para traze-los para cá, assim aumentando a segurança de vocês. Mas peço que treinem mais, busquem aprender mais sobre suas habilidades e sobre lutas, precisaremos estar preparados. Não acho que Zeus irá atacar pessoalmente logo de cara, provavelmente irá esperar e tentar outros meios...


Buscando Apoio dos Irmãos

A barreira estava enfraquecida, mas não totalmente derrubada. Pelo menos, não ainda. O que continuava a mantendo era a existência do velocino no Pinheiro, pois ele não dependia da força de Zeus. Mas também não garantia que não pudessem ser atacados a qualquer momento novamente, então deveriam estar sempre atentos.

Os deuses ctonicos até o momento não estavam se envolvendo na briga, afinal, os outros deuses dificilmente invadiriam seus domínios para os desafiar. Ou ao menos era o que pensavam.

Hades ainda estava com sua pequena filha junto a ele, Persefone e Deméter haviam ido para o castelo dele também, pois era o lugar mais seguro que conheciam naquele momento. Apesar de não gostar de os filhos extraconjugais de seu marido no geral, Persefone não podia deixar de se encantar pela pequena criança, que brincava com tudo e todos ali. Macaria e Melinoe estavam junto aos pais no castelo, apesar de não se darem bem com a avó, Deméter, por ela ser sempre contra a união de seus pais, esses dias juntos pareciam fazer sua relação ser menos ruim.

Um som de trovão é ouvido próximo dali, algo que não era comum num lugar como aquele. Hades entregou Samantha para Macaria e pediu que elas fossem a um dos quartos, deixando ele, Persefone e Deméter no saguão do trono. E assim elas fizeram.

Zeus entrou caminhando como se fosse convidado para dentro do saguão, e olhou para o irmão. Olhou em seguida para a filha e para a irmã, ambas que já haviam se colocado contra ele na guerra que se seguia.

- Devia imaginar que vocês duas estariam aqui, correndo para a proteção do grande deus do submundo.

- O que veio fazer aqui, Zeus? - contestou Hades o interrompendo e levantando de seu trono.

Zeus se aproximou mais de onde ficava o trono, mantendo os olhos não no irmão, mas nas duas que estavam ao lado dele. Hades caminhou, desceu as escadas que separavam os tronos do pátio e se aproximou do irmão.

- Lhe perguntei o que veio fazer aqui. Não o convidei à minha casa, você a está invadindo e intimidando minha esposa e sua mãe. Aqui também é o lar de Persefone, e Deméter é convidada dela, para vir e ficar sempre que lhe for de seu agrado. Mas você, meu irmão, não foi chamado até aqui, e muito menos avisou que viria. Não estamos no Olimpo, onde você toma as decisões.

- Que bela grosseria com seu irmão, Hades. Mas eu lhe digo sim o que vim fazer. Estou aqui para saber o seu lado.

Hades soltou uma risada rouca na cara de seu irmão, que continuava sério.

- Meu lado? Eu não tenho motivos para o apoiar no massacre que deseja fazer. Não o deixaria tocar um dedo sequer naqueles que são de minha descendência, e como alguns são parte do seu plano, eu me voluntario a proteger todos se for necessário. Achei que seria claro para você. Minha esposa foi expulsa de sua outra casa em meio a uma guerra sem causa verdadeira, você está ameaçando uma filha minha em meio a tudo isso, e também um neto. Por que eu deveria ficar a seu lado? Ao contrário de você, eu me importo com eles. Mesmo que não possa me dedicar totalmente.

- Essa é sua última palavra?

- Sim, é esta a minha decisão. E peço que se retire do submundo, você não é bem vindo aqui.

- Todos os deuses que vivem aqui concordam contigo?

- Macaria e Melinoe sei que sim. As moiras de então sempre ao meu lado. Hécate não parece o tipo que mataria os próprios filhos apenas para realizar seus desejos, ela nunca foi submissa a ninguém. Se desejar descer ao Tártaro para questionar Nyx sobre a decisão dela, fique a vontade.

Zeus soltou uma espécie de ronco ao engolir um seco quando Hades dizia o nome de Nyx. Ela era a úncia deusa que todos os outros temiam de alguma forma, e era claro que Zeus não teria a coragem necessário para ir até a deusa falar sobre a guerra. E isso incluía seu maridos e filhos.

- Espero que saiba o que está fazendo, Aidoneus.

- Usar meu nome mais antigo não me fará ter medo de você ou mudar de ideia. Dê o fora de meus domínios.

Zeus sumiu com um raio dali. Persefone foi até o marido e segurou em sua mão, ele a olhou, e olhou para Deméter. Sabia que agora acabara de os colocar na guerra.

Ao sair do submundo, Zeus se encaminhou a uma praia deserta, onde havia uma estátua de Poseidon que lhe faziam diversas oferendas. Sabia que o irmão ia até aquela praia todas as noites. E naquela não foi diferente.

Após esperar por mais de horas, Zeus viu o irmãos sugir por entre as água, com sua roupa de surfista e os cabelos molhados da água do mar.

- Poseidon, o rei dos mares. Já achei que talvez não fosse conseguir o encontrar.

- Zeus? O que o trás até aqui?

- Você deve ter ficado ciente das notícias, a guerra em que estamos envolvidos, nós, os deuses.

- Eu não me envolvi em guerra alguma contra outros deuses, mas ouvi falar sobre suas escolhas controvérsias.

- Escolhas controvérsias? Eu estou protegendo a mim e a todos nós. Se alguém pode ser capaz de destronar a mim, por que não faria o mesmo a você? E a Hades?

- Porque não lhes damos motivos para isso.

- E eu os dou motivos?

- Você culpa os semideuses e os humanos por tudo que acontece. Você só os ajudasse for por algo de seu interesse. Você já fez muitas coisas e escolhas duvidosas.

- Isso quer dizer que também ficará contra mim?

- Se for possível, eu não me meterei em tal briga. Mas se for necessário, não irei matar pessoas inocentes por causa de um capricho seu.

- CAPRICHO? - trovões ressoaram no céu quando Zeus gritou com seu irmão. Ele não acreditava que ambos os seus irmãos ficariam contra ele, que não conseguiam ver que havia riscos para todos eles naquela guerra.

- Eu não quero discutir contigo, Zeus. Eu não vou me meter senão for necessário. Mas se vocês envolverem os mares, saibam que os deuses do mar não estão ao seu lado.

Poseidon não esperou a resposta do irmão, apenas virou-se de costas e andou adentrando novamente ao mar.

Zeus não tinha o apoio dos irmãos com quem contava, e isso o enfurecia ainda mais. E então, por tal ato que ele julgava como traição daqueles que ele esperava apoio, resolveu piorar a situação dos semideuses que eles preferiram proteger. Um plano de ataque entraria em ação.


O Velocino roubado

O dragão Peleu ficou confuso ao retornar ao pinheiro onde ficava e não encontrar mais a pele dourada que ficava ali pendurada, ele buscou pelos arredores, sem sucesso. Apesar de ser uma criatura, e não ter pensamentos humanos, sabia que seu compromisso era proteger aquilo. O grito dele pode ser ouvido por todo o acampamento.

O grito chamou atenção e fez com que Quiron e Dionísio fossem até a entrada para ver o que estava acontecendo, após tantos ataques, imaginaram que o dragão poderia estar também sendo atacado por alguma outra criatura, e talvez precisasse de ajuda. Mas quando chegaram viram que não havia nada. Apesar de muito ferido pelo drakon que havia enfrentado, ele estava bem fisicamente, mas quando viu Quiron abaixou a cabeça e fechou os olhos, como quem está desanimado com a situação.

- Que houve, Peleu? - perguntou o centauro se aproximando e colocando a mão sobre a cabeça do dragão.

O dragão ergueu os olhos para ele e então indicou o pinheiro, para onde olharam e então notaram a falta do velocino. Havia sido levado.

Quiron acalmou o dragão enquanto indicava para que os satiros e ninfas que estivessem próximos procurassem nos arredores algum sinal que indicasse para onde a pessoa que havia pego o velocino pudesse ter ido. E assim eles fizeram.

- Peleu - ele chamou e o dragão o olhou, com o olhar tristonho. Mas Quiron sorria de leve para ele - Você foi muito corajoso enfrentando o Drakon sozinho, não é culpa sua. Iremos encontrar a pele. Enquanto isso, proteja nossas entradas, ok?

O dragão deu um aceno de cabeça como entendimento do que tinha de fazer e se posicionou próximo ao pinheiro, ficando atento ao redor.

Quiron voltou com Dionísio para a Casa Grande e acionou os semideuses deixando dois avisos para que pudessem se inscrever:

"Precisamos de guardas para a barreira.

Haverão bonificações aos Semideuses que decidirem fazer esse papel.

Seis vagas para semideuses de todas as idades"

"Missão para a recuperação do Velocino.

Nosso velocino foi roubado durante o ataque. Estamos verificando possibilidades. Precisamos de três semideuses para a busca"

Os avisos foram distribuídos e seriam escolhidos os semideuses por ordem de inscrição. As ninfas e os sátiros estariam disponíveis para auxílio daqueles que ficassem como guardas.

A barreira agora está a ainda mais desprotegida, por isso teriam que estar atentos o tempo todo.


Recuperação do Velocino

Numa difícil missão, três semideuses foram até a casa de Boreas, deus do vento, e tiveram que enfrentar a ira de seus filhos, Quione e os Boreadas.

Não foi nada fácil, mas conseguiram o trazer de volta e assim recuperar um pouco da proteção que havia no acampamento. Mas não toda, porque uma parte havia sido dada por Zeus.


Buscando a Água do Lete

Athena foi quem sugeriu o plano sobre usarem a água do Rio Lete, o rio do esquecimento, em Zeus. Assim, conseguiriam o deixar indefeso e ficar contra ele.

Para isso, alguns semideuses precisaram se arriscar indo ao submundo em busca da água.

Apesar de o submundo em si não ser a morada das criaturas, poia ficam no tártaro, foi mais difícil do que poderiam imaginar. Tiveram que enfrentar a própria discórdia, a deusa Eris, que acabou por gerar tanto atrito entre eles que um filho de Hades morreu mesmo estando nos domínios do pai - e a filha de Quione foi punida por isso.

Uma filha de Quione e uma filha de Athena conseguiram trabalhar juntas e pegar a água necessária, e foram mandadasd de volta pelo deus do submundo.


Os ataques pioraram.

A Guerra começou.

Era tarde, as nuvens negras cobriam o céu e o deixavam o tempo escuro, mesmo ainda sendo dia.

Uma sombra passou pelo céu, quem estivesse no meio da área de chalés veria o movimento de uma sombra de ave passando ali por cima. Mas se olhasse para cima não veriam nada, as nuvens cobriam boa parte e não conseguiam identificar. Quando menos poderiam esperar, um jovem foi agarrado pelo bico de uma águia gigante que mergulhou num voo certeiro. Era a águia caucasiana, a águia gigante que havia comido o fígado de Prometeu várias vezes.

Pelo lado das floresta um vendaval começou a acontecer e lá puderam ver que se tratava de vários espíritos do vento, não havia como contar quantos eram, haviam alguns em forma de cavalos correndo, outros em forma de pássaros chegando voando. Mas atacavam tudo a sua frente. Boreas, Zéfiro, Euro e Noto estavam logo atrás dos espíritos.

O lago começou a congelar inteiro, as ninfas que moravam nele pulavam para fora em desespero. Procuravam lugares para se esconder, e enquanto isso uma nevasca se aproximava, e no meio dela estava as deusas do inverno e do gelo, Despina e Quione, lado a lado.

Peleu estava atento quando percebeu que a confusão se instaurava, rodeava o pinheiro protegendo de qualquer um que se atrevesse a chegar perto dali.

Pelo lado do anfiteatro pode ser ouvido patas andando com rapidez, e quando os jovens olharam viram uma mulher comparte do corpo de aranha. Aracne, o terror dos filhos de Athena estava ali.

Ares vinha por uma das entradas montado em uma biga de combate puxada por cavalos que respiram fogo. Ele estava todo trabalhado em armadura grega antiga e soltava gritos de guerra.

Para a sorte de nossos campistas, as caçadoras junto a deusa Artemis haviam ficado de guarda desde o último ataque, mantendo-se escondidas para que ninguém soubesse que estavam ali. Mas agora apareciam. Suas flechas sendo lançadas e se jogando para a batalha.

Era possível ver as harpias de limpeza lutando contra outras de sua espécie que também tinham surgido em meio ao ataque. Fora que outras voavam na direção de vários semideuses.

A guerra havia começado.

As criaturas haviam sido atacadas com exito, apesar de todos poderem estar bem cansados com tudo. Mas ainda não havia acabado.

Um trovão alto ressoou extremamente alto acima do acampamento, o tempo ficou todo nublado com nuvens escuras cobrindo tudo. Do meio das nuvens surgiu Zeus, o deus descia tranquilamente em direção ao acampamento, com todos os olhos em sua direção. Quando pousou, próximo a seu chalé, olhou ao redor

- Talvez esteja na hora de acabarmos com isso. Entreguem os Legados e os outros estarão livres - foram as palavras dele para todos, que invadiram todo o acampamento como um trovão.

[...]

Zeus então começou a caminhar pelo lugar com tranquilidade, seu Quiton ia se mexendo a cada passo. Ele olhava para a cara de cada semideus ali presente, olhava para Quiron que havia se juntado a multidão e caminhou até onde estavam lá ex deuses

- Se vocês não tivessem se virado contra mim, poderíamos ter resolvido isso sem uma tamanha guerra. Talvez meus irmãos fossem continuar sem concordar comigo, mas eu teria vocês a meu lado.

Enquanto ele falava, sentiu algo vindo em sua direção e segurou uma flecha no ar, olhando então em direção a Artemis

- Até mesmo você, minha querida? Atacando seu próprio pai? - disse ele que mando a flecha em dois

A deusa da caça empurrou todos que estavam a sua frente e passou, chegando até ele e ficando frente a frente

- Você ameaçou a vida de vários e acreditou mesmo que eu ficaria a seu lado? Eu caço lição, eu faço criaturas, monstros e animais para nos alimentar nas viagens, eu não caco semideuses, nem entregaria qualquer das minhas garotas que possa ser um legado, em suas mãos! Elas são mais minha família que você jamais foi. Sua soberba é maior que a de qualquer humano, seu medo de perder essa bosta de posto que tem no Olimpo o faz ser um burro e atacar a todos. Bom, você nunca escutou os conselhos de Athena, e ela é a deusa da sabedoria. Ah é, você a transformou em mortal para não ter que ouvir direito as verdades que ela falava em sua cara. E, mais uma vez, transformou meu irmão também. Eu e ele temos nossas diferenças, mas eu nunca me viraria contra ele. Agora contra você? É fácil, ainda mais usando você é o mais errado em toda essa situação.

A face de se modificou, o ódio ardia em seus olhos que tinham raios passando pelas íris. Suas mãos estavam elétricas, e ele levou a mão direita ao pescoço da filha. Eletricidade máxima passava pelo corpo da deusa enquanto ele a segurava pelo pescoço.

- NÃO! - gritou Apolo e tentou correr na direção deles, mas Zeus lhe lançou um raio que o fez cair desacordado contra a parede da Casa Grande.

- Eu poderia tirar sua imortalidade agora e a matar, o que acha disso? - ele dizia com raiva em sua voz.

- Eu acho que você devia parar de ferir os meus filhos, Zeus! - uma mulher loira surgiu abrindo caminho entre todos, a energia que saia da aura dela era diferente de qualquer outro que estava por ali. Zeus a encarou e deu uma risada

- Você não tem nada a ver com essa guerra, Leto.

- Eu sou a deusa titanide da maternidade e protetora das crianças, e bom, mesmo com seus sete mil anos, eles aínda são minhas crianças. Tire as mãos dela! - a titanide falou e ficou encarando o deus, que não solta a Artemis.

[...]

Lorraine tentava matar Zeus, mas quando o mesmo sentiu o metal em sua pele, seu corpo se eletrificou ainda mais do que já estava e o choque percorreu pelo metal jogando longe a filha de Aion, a fazendo bater a cabeça contra a parede do chalé de Poseidon. Não estava morta, mas não acordaria tal facilmente com a pancada que havia recebido. Zeus passou a mão por seu pescoço vendo que a lâmina havia feito um corte até profundo ali e icor dourado escorria da ferida.

- Em que momento uma garota achou que poderia realmente me matar? - ele dizia ainda olhando para o icor escorrido.

Esse momento foi perfeito. Uma mão dele continuava a segurar a deusa da caça, a outra o distraia estando com seu próprio icor.

Leto, quando viu o que iria acontecer, velozmente se teleportou ate o deus e puxou Artemis das mãos dele, se afastando tão rápido quanto havia chegado perto. Alexander vinha por trás do deus, que não o notou por estar olhando para a ex amante e sua filha

- Você não deveria estar se metendo nesses assuntos, Leto. Por... - quando ele estava falando sentiu algo de vidro estourando em sua cabeça. Ficou confuso por um momento e olhou na direção do garoto que havia arremessado aquilo, com o ódio fervendo em seus olhos.

Era possível ver a eletricidade ao redor do corpo do deus, mas quando a água escorreu de seus cabelos e começou a tocar sua pele ele percebeu que não era algo comum. Naquele momento a água do rio do esquecimento começou a adentrar o couro cabeludo e os porcos de seu rosto, infiltrando para dentro de seu ser, e as propriedades foram apagados os fatos todos da mente dele. O deus gritou e caiu de joelhos segurando a cabeça. Não devia ser fácil ter uns 10 mil anos apagados de sua memória em poucos segundos.

A explosão que surgiu do corpo dele com a dor atingiu todos que estavam ali, ao redor, jogando deuses, semideuses, ex deuses, centauro, satiros todos ao chão com os cabelos e pelos totalmente arrepiados pela aura de energia exalada na explosão.

Quando ele ergueu os olhos, seu olhar era perdido, buscava algo familiar, mas não sabia nem sequer quem ele mesmo era. Olhava suas mãos manchadas de dourado sem entender o que era aquilo. Olhou ao redor vendo todos aqueles seres ali, sem saber nada sobre ninguém. Estava confuso e desnorteado.

Apolo acordava naquele momento, via que estava dentro da Casa Grande graças a ajuda de Virgínia sobre ele, após merlia o ter levado lá para dentro. Ele se levantava de onde quer que estivesse

- agradeço, mas minha irmã ainda está lá - ele dizia e corria para fora, e lá via sua mãe ao lado de Artemis, ele não entendia direito o que estava acontecendo, mas ela foi até ele.

- Apolo? - perguntou confusa pela forma dele.

Ele confirmou com a cabeça. A loira olhou dele para Zeus, já sabendo o que havia acontecido, e mesmo sua perca de memória não a faria deixar por isso mesmo. Ela se aproximou do deus, o agarrou para que levantasse e viu o pânico nos olhos dele, de quem não sabia quem era ela nem nada sobre tudo aquilo

- Isso é pelo que fez aos meus filhos - ela então deu um belo soco entre as pernas dele, o fazendo segurar suas partes com dor.

Leto olhou para Alexander e caminhou devagar até ele

- Parabéns garoto, você conseguiu. - olhou então para Mirabella - Vocês conseguiram

Ela olhou ao redor e disse:

- Acredito que consigo reverter os que estão como mortais, mas caso eu não consiga, Nyx conseguiria. Se for preciso, a procurem, mas eu tentarei resolver essa parte. - então olhou para Quiron, indo até perto do centauro - Vocês tem algum plano para conter ele?

Quiron confirmou com a cabeça, mas preferiria falar depois. Ele pediu para um satiro buscar um chifre que usava como megafone, então assim o fez e o centauro o colocou em frente a boca:

- A GUERRA ACABOU, VENCEMOS! - sua voz ressoou por todo o acampamento, assim mesmo os deuses que estavam com Zeus ouviriam.

As deusas do gelo e inverno se entreolharam e se teleportaram, Ares estava frente a frente com Afrodite, que o olhou com ar de superioridade e o agarrou pela camisa arrastando para o lugar onde a maioria estava. Os ventos saíram voaram para longe.

Entre os deuses, as coisas seriam resolvidas depois.

Athena acabou ficando como governante do Olimpo.

Zeus estava preso em uma prisão especial feita por Hefesto e abençoada/amaldiçoada por vários deuses para evitar sua fuga.

Hefesto e Afrodite fizeram as pazes, finalmente convivendo como o casal que eram.

Ares estava preso, e os outros deuses que apoiaram Zeus estavam sendo procurados.


Busca pelo poder dos deuses

Existem semideuses que acabam achando que podem derrotar os deuses, e foi o caso desse. Não sabemos seu nome, nem muito sobre ele, já que ao final ainda conseguiu fugir.

Deve ter passado algum tempo se preparando, pois esse tinha seguidores, outros semideuses que o ajudavam. O objetivo? Conseguir itens que pertenciam aos deuses ou que fossem extremamente poderosos. Alguns desses itens acabavam por estar na terra por motivos diferentes:

As Braçadeiras de Icarus (em homenagem ao sobrinho de Dédalo), chamadas também de Braçadeiras da Dor, são um conjunto de várias braçadeiras mágicas espalhadas pelo Mundo, criadas por Dédalo há muitos anos, um presente de paz para as Amazonas dada a infindável guerra que fora travada. Como elas sentiam o orgulho ferido, aceitaram os presentes, sem saber que se tratava de um belo de um Cavalo de Troia.

O Escudo Aegis de Athena foi escondido por Zeus quando ele a transformou em humana.

A Lira de Orfeu, um presente de Apolo, estava na Grécia ainda, e o deus a queria de volta.

Asclépio perdeu uma taça poderosa na qual fazia seus medicamentos e até a cura para a morte.

Uma chave do deus Jano foi roubada, e essa, infelizmente, foi uma missão que falhou e não recuperaram a chave.

Uma cabine/nave de Aion foi roubada por semideuses que queriam mexer com o tempo.

A foice de Thanatos foi roubada numa luta.

A maioria dos itens foram recuperados.

[...]

De repente, um rugido ensurdecedor é ouvido, e o chão treme com a aproximação de uma horda de inimigos. As explosões começam a rasgar o ar, enviando chamas e detritos para o céu. Os semideuses respondem com coragem, sacando suas armas e usando seus poderes divinos para se defenderem.

— protejam o acampamento! Não deixem que eles avancem! - gritava Quiron enquanto buscava seu arco e liberava as armas a todos.

Enquanto a batalha se desenrola, semideuses habilidosos demonstram suas proezas em combate. Um semideus filho de Poseidon controla a água ao redor dele, formando uma barreira para proteger os companheiros. Uma semideusa filha de Atena utiliza sua inteligência estratégica para coordenar ataques em equipe. Aly estava junto com as crianças, o que fazia com que fosse as proteger naquela situação.

Quíron empunha seu arco com graça e mira com precisão, derrubando vários inimigos com seus tiros certerios. Sr. D, após dar um longo gole em seu vinho, estende a mão e transforma as videiras próximas em cipós para deter os invasores.

Os semideuses usam seus poderes divinos com destreza. Um semideus filho de Zeus convoca raios do céu, lançando-os contra os inimigos. Uma semideusa filha de Hades controla as sombras, envolvendo os invasores em escuridão, enquanto uma semideusa filha de Apolo dispara flechas certeiras.

Os invasores investem com manobras perigosas, desviando-se dos ataques dos semideuses do acampamento com agilidade impressionante. Eles também são habilidosos no uso de seus poderes, lançando rajadas de fogo, criando ilusões e manipulando o solo.

Enquanto isso, os mais velhos do acampamento enfrentam uma batalha ainda mais feroz, lutando lado a lado para proteger os mais jovens.

A medida que a batalha avança, a desvantagem do acampamento fica evidente. A experiência e habilidades dos invasores estão testando ao máximo a resistência dos semideuses. Alguns jovens são feridos e os corpos de outros semideuses caídos são encontrados no campo de batalha.

Era difícil ver todo aquele desenrolar, a confusão estava formada. Haviam alguns jovens querendo fugir, outros se esforçando para proteger os entes queridos e se proteger. Quem não tinha levado os itens, os buscava correndo em seja chalés, outros tinham os itens sempre consigo e já usavam.

Enquanto isso, as crianças mais novas são levadas para a segurança da cidade de Nova Grécia, protegidas por semideuses mais experientes que decidiram deixar a batalha para garantir sua segurança. Brenda correu até Spawn, o cão do inferno e lhe entregou seus filhos

— Não posso deixar de ajudar, estamos numa situação difícil demais. Proteja-os, Spawn, mate quem tentar tocar em nossas crianças - ela disse e o cão acenou colocando as patas ao redor das duas pequenas crianças enquanto Brenda se afastava, voltando ao acampamento, para o meio da batalha.

As lutas no Acampamento Meio-Sangue estão em pleno curso, enquanto os semideuses enfrentam a invasão dos inimigos experientes e bem armados. Cada canto do acampamento é preenchido com a fúria dos combates e o uso impressionante de poderes divinos e armas especiais.

Semideusa filha de Ares empunha sua lança com habilidade, realizando golpes precisos e poderosos. Ela usa seu poder de aumentar a força e a velocidade em batalha, derrubando vários inimigos com um único movimento.

Um semideus filho de Hermes, rápido e ágil, usa suas adagas duplas para atacar os invasores de todos os lados. Ele se move como uma sombra, desviando dos golpes inimigos e retalhando-os com cortes precisos.

Um semideus filho de Hefesto manipula o fogo ao seu redor, formando um escudo ardente para proteger seus companheiros e lançando chamas devastadoras contra os inimigos.

Outra semideusa, filha de Poseidon, domina a água e a usa para criar esferas líquidas afiadas, disparando-as em velocidade impressionante como projéteis mortais.

Um filho de Atena lidera um grupo de semideuses em uma formação estratégica, coordenando os ataques com inteligência e foco. Ele usa seu escudo e espada habilidosamente para se defender e atacar em uma dança perfeita.

Enquanto a batalha se desenrola, semideuses filhos de deuses da cura, como Asclépio, utilizam seus poderes para curar os feridos e manter seus companheiros na luta.

Ao mesmo tempo, um semideus filho de Éolo controla os ventos, criando rajadas poderosas para desequilibrar os invasores e proteger os pontos estratégicos do acampamento.

Os invasores não estão atrás. Alguns deles usam poderes específicos, como manipular plantas venenosas, ilusões aterrorizantes e habilidades de metamorfose. Além de que haviam muitas técnicas e armas desconhecidas sendo utilizadas pelos inimigos.

As lutas também envolvem combates corpo a corpo, onde semideuses habilidosos em artes marciais e técnicas de combate usam seus punhos e pés para lutar contra os inimigos mais próximos.

Haviam grupos sendo formados de forma involuntária, mais por necessidade, e muitos que estavam juntos sequer se conheciam. Brenda estava junto a Ava, Gustave, Mischa, Nicolas, Ben, James e Isabela, enquanto combatiam um grupo inimigo cheio de surpresas e com poderes fortes.

Do outro lado do acampamento estavam Demiurgo, Jane, Nicole e Zoe lutando contra um trio acompanhada de poderosas armas. Próximo ali tinha Samara, Alyce, Zoe, April, Tom e Johanna, brigando com outro grupo que usava armas diferentes.

Emma Watson, Dinah e Lindsey usavam suas habilidades de caçadora contra autômatos que haviam vindo junto dos inimigos, e só respeitavam a eles. Junto a elas haviam as filhas de Aion, Maddy, Lorraine e Lavínia.

Yuri, Brianna, Spencer, Ginnifer, Virgínia e Alexander estavam juntos tentando impedir que semideuses avancassem na direção da cidade.

No portão da cidade estavam Dionísio e Ariadne, junto com Emma, Cirila, Keith.

Astrid, Finnick e Marcos e Eliza estavam lutando contra outros semideuses que estavam montados em Pegasus.

Merlia, Luci, Dulce, Jacob, Dolores e Kara estavam juntas lutando contra semideuses poderosos. Ash estava junto com Carina, Ashley, Samael, Hayley e Demetriz, enquanto Bjorn estava com a irmã Penélope e com Caytlin, ou melhor, Frosty, e Alex e Anastacia.

[...]

A invasão do acampamento meio sangue trouxe consigo um cenário caótico e devastador. Os sons de batalha ecoavam pelo ar, e os semideuses lutavam com todas as suas forças para proteger seu lar e seus companheiros. Muitos feridos e mortos jaziam no chão, evidenciando a intensidade do conflito.

Em meio ao tumulto, um líder dos invasores emergiu, portando uma estranha arma que ninguém no acampamento reconhecia. Essa arma desconhecida logo revelaria ser uma ameaça formidável. Com uma habilidade surpreendente, ele disparou um projétil brilhante e poderoso, que atingiu o solo do acampamento com força devastadora.

Uma grande explosão irrompeu, engolindo tudo ao seu redor. Semideuses que estavam próximos ao ponto de impacto foram arremessados pelo ar como folhas ao vento. Eram eles Brenda, Ava, Gustave, Mischa, Nicolas, Ben e Isabela. A cena se tornou um caos ainda maior quando a explosão gerou uma nuvem densa de fumaça negra e sufocante.

A fumaça se espalhou rapidamente, envolvendo o acampamento em uma cortina obscura que turvou a visão de todos, até mesmo dos semideuses que possuíam habilidades especiais de visão. Os gritos de dor e desespero podiam ser ouvidos, mas a escuridão tornava impossível determinar de onde vinham os sons.

Conforme a fumaça se dissipou, uma cena desoladora se revelou. Não apenas os inimigos haviam desaparecido sem deixar vestígios, mas os sete semideuses que estavam naquela área foram levados pelo caos da explosão. Seus amigos e familiares procuravam freneticamente por eles, mas não havia sinal dos desaparecidos.

O acampamento meio sangue estava mergulhado em tristeza e incerteza. O que quer que essa arma desconhecida fosse, ela havia causado uma devastação sem igual. Agora, os sobreviventes precisariam se unir para lidar com essa nova ameaça e descobrir o destino dos que desapareceram naquele momento de horror. A batalha estava longe de acabar, e o mistério envolvendo a arma e seu efeito sinistro pairava no ar como uma sombra ameaçadora.

Estariam vivos ou mortos? Ninguém sabia, mas apenas alguns objetos pessoais eram encontrados no buraco deixado pela explosão.

[...]

As pessoas estavam começando a se desesperar procurando pela seus entes em meio ao caos que havia acontecido. Ninguém ainda conseguia entender o que tinha acontecido com os que estavam em meio a onde havia acontecido a explosão.

Alguns haviam ido para a enfermaria se tratar e outros para ajudar os feridos.

Alyce começava a usar suas habilidades para saber se os que sumiram estavam vivos, ela podia sentir que eles não estavam no submundo, mas não sabia o que tinha acontecido a eles.

Não haviam tido tantas mortes, mas não diminuía o clima tenso que se instaurava.

Samara procurava o namorado sem conseguir ter nenhum tipo de reação além de se ajoelhar e olhar para o local da explosão. Jane não parecia nada bem também ao procurar Ava. Demiurgo procurava Brenda, o desespero se fazendo presente nele, Alyce tentava o acalmar o abraçando e conversando com ele, os dois irmãos preocupados com tudo que poderia ter acontecido. Nicole procurava Mischa e Marjorie em desespero. Dulce procurava Ben, também sem sucesso.

Longe do acampamento, o "chefe" daqueles que haviam invadido o acampamento andava por um lugar diferente, era uma espécie de subsolo, as paredes eram cinzas e descascadas, mas havia partes que deixavam luz natural entrar pelo teto.

Num canto iluminado havia uma gaiola quadrada com trepadeiras ao redor. Dentro haviam sete pessoas desacordadas no chão. Eram os semideuses que haviam sumido. Porém, algo diferente cercada a gaiola de forma que seus poderes não funcionavam e as grades eram de uma resistência inigualável, que não seria quebrada por dentro.

Eles começaram a acordar lá dentro sem saber o que estava acontecendo. Brenda levantou tonta e olhou para os lados, foi correndo em direção as grades, mas quando a stocou foi arremessada para trás, batendo contra o chão e sentindo o coro doer. Sentindo-se no chão, não sabia o que fazer olhou para as mãos e lembrou que sua aliança tinha algo especial, ela tocou nela e tentou falar com Demi:

— Demi? - sussurrava, mas Demi, no acampamento só escutava um barulho parecido com código morse e bem baixo, quase inaudível, só uma sensação que ele não conseguiria saber direito o que era.

Enquanto isso Mischa acordava também meio perdida olhando em volta, não se lembrara de quando veio parar naquele lugar mais assim que viu Marjorie foi até ela um pouco mais alivia, porém ao perceber que suas habilidades de cura não estavam sendo muito eficientes pois seu corpo ainda tinha hematomas voltou a ficar em certo desespero, Marjorie por sua vez tentava amparar a namorada enquanto que do outro lado Gustave usava, ou tentava usar, de suas habilidades telepáticas para constatar a mente de Samara de algum jeito.

Isabella e Benjamin conversavam tentando entender as coisas e também tentando descobrir como poderiam sair dali já que seus poderes não estavam funcionando ali dentro.

Por fim Ava acorda de seu sono forçado e assim que levanta vê que estava em uma grade, com mais 6 pessoas, a mesma nota que Brenda tentava algo, que outros estavam conversando e atendendo ao problema atual e dadas as circunstâncias a mesma apenas ficou olhando de um lado para o outro tentando se certificar que sua mulher não estava ali correndo perigo também

- Jane? Cadê.... ai caramba, que bom que você não tá aqui, mas como vou falar com você agora?

A cabeça da filha de Dionísio estava a mil e ela apenas gritou

- AE! QUE PALHAÇADA É ESSA? TIRA A GENTE DAQUI! MINHA MULHER VAI COBRIR VOCÊS DE BALA SEUS PORRA!

Os semideuses inimigos olharam para os presos na gaiola e sorriam, o chefe chegou mais próximo

— Ninguém saberá direito onde vocês estão. Ao menos que aceitem se juntar a nossa causa, não sairão daí de dentro e imagino que já deviam ter percebido que seus poderes não funcionam - ele sorriu

— Se algum de vocês quiser falar sobre ficar a nosso lado, nos chamem - ele virava as costas e os deixava lá

[...]

Uma missão de resgate foi organizada após uma profecia ser dita pelo oráculo

"Nas entranhas do labirinto obscuro e profundo,

Sete semideuses perdidos, jazem ao mundo.

Dédalo, o engenhoso, teceu tramas de prisão,

Enjaulados, aguardam o destino em sua escuridão.

Mas uma luz brilhará na escuridão da trama.

Um semideus poderoso, com suas mãos em chamas.

Em suas mãos, um objeto há muito esquecido,

Poder ressurgirá, pelo tempo retido.

Destino entrelaçado, mistério desvendado,

Nos corredores do labirinto, o poder será libertado.

Os entes queridos lutarão com fervor,

Contra as sombras e amarras, eles mostrarão seu valor.

Durante sua descida, conseguirão deter

Aquele que em suas veias tem o poder?

Ou o caos ao mundo virá,

E o abismo ressurgirá?"


A missão acaba sendo um sucesso, os sequestrados são trazidos após muita luta, mortes aconteceram e o semideus que tentava criar toda a confusão, consegue fugir, mesmo que tenha perdido as lutas em que a envolveu junto a seus aliados.

[...]

Quíron, o centauro sábio e mentor dos semideuses do Acampamento Meio-Sangue, estava tranquilamente em seu chalé, quando Spawn, o cão do inferno de Demiurgo, apareceu com um misterioso livro recuperado das mãos do semideus inimigo que haviam enfrentado na última missão. Seus olhos sábios se arregalaram de espanto ao contemplar o artefato, pois sabia que ali estava um objeto de poder inimaginável.

Com um relincho temeroso, Quíron imediatamente clamou pelos deuses do Olimpo, em busca de orientação. E entre eles, a governante, Athena, desceu do Olimpo para dialogar com o centauro. Ela compreendeu imediatamente a ameaça que o livro representava para os semideuses e para todo o acampamento.

Decidindo que o artefato não podia permanecer em local algum perto dos jovens heróis, Athena tomou a responsabilidade de transportá-lo para um local seguro. Com sua sabedoria e autoridade divina, ela ergueu o livro e desapareceu em uma luz divina.

Enquanto isso, nas profundezas de uma montanha distante, uma sinistra luz vermelha irrompeu de uma caverna oculta. De seu interior emergiu uma figura misteriosa, vestida de negro e vermelho, com o rosto oculto por uma capa. O destino de tal entidade permanecia um enigma, um mistério que se somava à crescente intriga que envolvia o encontro do livro perdido.